NOS JORNAIS: PREFEITO FLÁ PRANDI TENTA REVERTER REBAIXAMENTO DA POLÍCIA AMBIENTAL DE JALES
O rebaixamento do Pelotão da Polícia Ambiental de Jales foi assunto em pelo menos dois jornais da cidade, neste final de semana. Esta não é, no entanto, a primeira vez que tentam acabar com o Pelotão de Jales. Em maio de 2014, uma decisão do Comando Geral da Polícia Militar transferiu o nosso Pelotão para Votuporanga.
A decisão obrigou a então prefeita Nice Mistilides a mobilizar prefeitos da região que, em junho daquele ano, foram até São Paulo, onde se reuniram com o então subsecretário da Casa Cilvil, Rubens Cury (foto acima), para solicitar que a medida fosse revista. Nice alegou, na ocasião, que a extinção do Pelotão inviabilizaria a fiscalização dos 4.155 quilômetros quadrados de 23 municípios da região, cobertos pela Polícia Ambiental de Jales.
Ainda em junho de 2014, o então presidente da Câmara, Gilbertão, também esteve em São Paulo para reunião com o secretário de Meio Ambiente, Rubens Risek Júnior, a quem solicitou intervenção para que o Pelotão de Jales não fosse desativado. Gilbertão estava acompanhado pelo deputado Itamar Borges e pelo advogado Carlos Alberto Britto Neto, o Betinho, como mostra a foto ao lado.
Em setembro de 2014, veio o resultado das peregrinações a São Paulo: o governo do Estado confirmou a criação do Pelotão de Votuporanga, mas decidiu, de outro lado, manter ativo o Pelotão de Jales. Quase cinco anos depois, os políticos locais são surpreendidos com um novo ataque à Polícia Ambiental de Jales.
Eis o que escreveu, sobre o caso, o jornalista Deonel Rosa Júnior, na coluna Fique Sabendo, do Jornal de Jales:
CORRENDO ATRÁS – O prefeito Flávio Prandi Franco (DEM) passou a semana em São Paulo. Uma de suas preocupações foi levar às esferas governamentais a insatisfação das lideranças jalesenses em face da anunciada transformação do Pelotão da Polícia Ambiental de Jales em Base.
BOLA NAS COSTAS – Como o segundo turno da eleição foi disputado em 28 de outubro e a decisão teria sido tomada em novembro do ano passado, há quem não descarte a possibilidade de que seja retaliação da equipe do então governador Márcio França (PSB) pelo apoio que as lideranças de Jales deram a João Dória (PSDB).
No jornal A Tribuna, o assunto foi abordado na coluna Enfoque:
O fechamento da subdelegacia do Cremesp de Jales, inaugurada em setembro de 2017, não foi a única notícia negativa deste início de ano. Logo no primeiro dia útil do ano, o Diário Oficial do Estado trouxe outra preocupante novidade: o rebaixamento do Pelotão da Polícia Ambiental de Jales para uma simples base.
O detalhe é que a alteração, embora publicada depois da posse do novo governador, João Dória, teria sido arquitetada pelo governo anterior, de Márcio França. A novidade é ruim para Jales, na medida em que nossos policiais ambientais ficarão diretamente ligados à Companhia de Fernandópolis.
Se a medida for confirmada, o número de policiais ambientais – atualmente, quase quarenta – encarregados da fiscalização dos 23 municípios da região coberta pelo Pelotão de Jales, diminuirá substancialmente. E não é só isso: consta que até o número de viaturas utilizadas na fiscalização – hoje entre 08 e 10 – cairia para apenas duas, enquanto a área a ser fiscalizada nos 23 municípios continuaria a mesma.
Politicamente, a perda do Pelotão significaria uma bola nas costas dos políticos locais, principalmente se for levado em conta o fato de que beneficiaria Fernandópolis, cidade do deputado federal Fausto Pinato(PP), que apoiou o candidato derrotado – Márcio França(PSB) – nas eleições de 2018.
Por isso mesmo, o prefeito Flá Prandi(DEM), que apoiou o candidato vencedor – o governador João Dória(PSDB) – já tratou de se movimentar. Na terça-feira, 15, ele reuniu-se, em São Paulo, com o vice-governador e secretário de governo Rodrigo Garcia, seu padrinho político. Rodrigo não deu como certa a reversão da medida que transformou o Pelotão de Jales em uma Base da Polícia Ambiental, mas o prefeito voltou otimista.