Arquivos mensais: novembro 2019

JORNAL DE JALES: LUÍS HENRIQUE CONFIRMA PRÉ-CANDIDATURA E JÁ CONTA COM APOIO DE QUATRO PARTIDOS

Eis a capa do Jornal de Jales deste domingo, destacando o leilão do pré-sal que deverá render quase R$ 3 milhões para a Prefeitura de Jales, segundo as contas da Confederação Nacional dos Municípios. O governo Bolsonaro vai leiloar parte das reservas petrolíferas descobertas pela Petrobras durante o governo Lula – o chamado pré-sal – e, por lei, terá que dividir uma fatia do bolo com os municípios brasileiros. O governo espera arrecadar cerca de R$ 100 bilhões, dos quais ficará com a metade. Outra parte – cerca de R$ 35 bilhões – ficará com a Petrobras e o restante será dividido entre os 5.570 municípios. O deputado federal Baleia Rossi, líder do MDB, enviou ofício ao vice-prefeito Garça, onde informa o valor do repasse para Jales e ressalta a atuação do seu partido na aprovação da lei que estabeleceu a divisão da grana com os municípios.

Destaque, igualmente, para a incursão que o prefeito Flá Prandi fez a São Paulo durante a semana, acompanhado dos vereadores Kazuto, Deley e Pintinho. A comitiva jalesense visitou gabinetes de deputados e do vice-governador Rodrigo Garcia e voltou da capital com convênios que somam R$ 1,5 milhão para obras no município. Segundo o jornal, R$ 800 mil serão utilizados no recapeamento de ruas, R$ 250 mil em melhorias no velório municipal, e o restante – R$ 450 mil – deverá ser investido na construção de uma pista de caminhada na avenida “Euphly Jalles”.

A terceira fase da operação “Farra no Tesouro”, que resultou no indiciamento de 17 pessoas, as quais, por omissão ou negligência, permitiram, segundo a Polícia Federal, os desfalques perpetrados pela ex-tesoureira Érica Cristina; a falta de acordo sobre salários, que deixou as unidades de saúde do município sem pediatras; as palestras promovidas pelo Sindicato dos Motoristas de Jales com orientações sobre como evitar ações trabalhistas; os jogos universitários e os saraus promovidos pela Unijales; e a atuação da empresa Guizzo Controle de Vetores e Pragas, que ganhou licitação para cuidar do combate ao mosquito da dengue em Rio Preto, são outros assuntos do JJ.

Na coluna Fique Sabendo, o jornalista Deonel Rosa Júnior informa que o suplente de deputado estadual Luís Henrique Moreira já não esconde de ninguém que é pré-candidato a prefeito de Jales. Ele até declarou que já elaborou uma programação de reuniões mensais, com palestras de experts para manter a motivação dos candidatos a vereador de seu grupo político. Por sinal, segundo Deonel, Luís Henrique deverá ser apoiado por 60 candidatos a vereador, espalhados por quatro siglas: PP, Podemos, PSD e, é claro, o PSDB, partido ao qual o pré-candidato se filiou recentemente. 

FRASE

“Trata-se de obstrução de Justiça. O presidente e seus filhotes da ditadura ultrapassaram todos os limites. Devem ser cassados feito ratazanas prenhes”.

(Do jornalista Rodrigo Viana, sobre a confissão de Bolsonaro, que disse em entrevista, neste sábado, ter apanhado as gravações da portaria do seu condomínio, antes da polícia).

 

LAURO JARDIM: CONFISSÃO DE BOLSONARO É ESTRATÉGIA PARA SE ANTECIPAR A INVESTIGAÇÕES QUE APONTAM CONTRA ELE

Mais cedo, a jornalista Mônica Bergamo, da Folha, disse que o clã Bolsonaro estaria muito preocupado com algumas revelações que estariam prestes a vir à tona. Agora, vem o Lauro Jardim e garante que a confissão de Bolsonaro – ainda sobre o caso do porteiro – é uma estratégia. Vejam o que disse o afamado colunista:

“A confissão feita por Jair Bolsonaro hoje no início da tarde de que ‘nós pegamos, antes que fosse adulterada’ a gravação das ligações do condomínio Vivendas da Barra nada tem de espontânea ou se deve ao fato de ele ser falastrão”.

“Claramente, Bolsonaro se adiantou a investigações que apontariam este ato, de cujos detalhes ainda não se sabe, e nem o presidente explicou”, escreve o colunista do jornal O Globo.

“Bolsonaro resolveu, numa típica estratégia de tentativa de contenção de danos, se antecipar e falar ele mesmo que alguém ligado a ele pegou a gravação. De qualquer forma, é a atitude pública mais ousada de Bolsonaro neste caso que o envolve desde o início da semana. Ao menos até aqui. A propósito, cadê o porteiro?”, questiona o colunista.

ADRIANA CALCANHOTTO – “VAMBORA”

“Vambora” foi lançada em 1998 e integrou a trilha sonora da novela “Torre de Babel”. Já foi regravada por diversos artistas. A própria Adriana fala que a versão da Simone é uma das que ela mais gosta, mas a regravação de Bibi Ferreira – pelo que representa a grande dama do teatro – é a que ela considera “top”.

Adriana conta, também, que “Vambora” é a música que não pode faltar nos seus shows e, normalmente, é o momento mais aguardado pela plateia, que sempre canta junto com ela.

Um dia desses, querendo saber mais sobre a vida e as músicas da Adriana Calcanhotto, encontrei o texto abaixo, de um rapaz chamado Hevanderson, sobre a canção “Vambora”. Ei-lo:  

“Vambora” de Adriana Calcanhotto fala da solidão dos que amam. Aquela ansiedade e a quase que incontrolável sensação de vazio de quem espera outro alguém bater à porta. Quem nunca se sentiu tentado a pegar o telefone e ligar quantas vezes fosse preciso para falar com a tal pessoa que faz o coração disparar?

Fica aqui a pergunta: o que você faria se tivesse só meia-hora para mudar a vida de outra pessoa?

Existem tantas ocasiões onde ficamos assustadoramente sozinhos que cometemos um equívoco (ou agimos de forma egoísta) quando pensamos na solidão somente em sua forma romântica: quando a pessoa amada está longe ou ainda quando não se é amado/correspondido.

Já parou para pensar o quanto estamos sozinhos em nossas convicções e ideais, ainda que elas se baseiem no coletivismo? Pense também o quão sós estão aqueles que sabem estar próximos da hora de sua morte.

Normalmente não sigo uma ordem para ouvir minhas músicas, escolho uma de início, dou o “play” e deixo rolar. Sempre que meu iTunes passa por “Vambora” eu presto total atenção na música, não importa como estiver o meu humor ou meu dia. “Entre por esta porta agora….”, tenho a utópica sensação de que ela está falando para mim:

Mas são os pequenos detalhes nessa música que são motivo deste texto, ou dois versos para ser mais específico. Através deles chegaremos a dois clássicos da poesia nacional: “Dentro da Noite Veloz” (Ferreira Gullar) e “Na Cinza das Horas” (do “imortal”, Manuel Bandeira).

Dentro da noite veloz é um livro essencialmente político, mostra um Gullar preocupado com a situação do Brasil (que vivia o regime militar). A luta contra o regime foi coletiva, mas o momento da tortura era de extrema solidão à vítima. No poema “Dentro da Noite Veloz”, que dá nome ao livro, apesar de não falar especificamente do Brasil, é possível sentir a solidão daqueles que lutam em prol de uma causa e sofrem por ela.

“Na Cinza das Horas” foi o primeiro livro de Manuel Bandeira. Com poemas tristes e fúnebres, que demonstram como se sente uma pessoa que se aproxima da morte. Alguns dos poemas contidos no livro foram escritos enquanto Bandeira sofria com a Tuberculose (da qual conseguiu curar-se), doença gravíssima para a época.

E agora, o vídeo – que tem 8,6 milhões de visualizações – com a Adriana cantando “Vambora”:

A TRIBUNA: JALESENSE QUE ACOMPANHOU ELEIÇÕES ARGENTINAS FICOU IMPRESSIONADO COM RESPEITO DOS HERMANOS POR LULA

No jornal A Tribuna deste final de semana, o principal destaque é a conclusão, pela Polícia Federal, da terceira fase da operação “Farra no Tesouro” e o indiciamento de 17 pessoas por supostos crimes praticados contra a Prefeitura de Jales nos últimos dez anos. Entre os indiciados, estão três ex-prefeitos – Parini, Nice e Callado – secretários, ex-secretários, auditores e outros servidores. O atual prefeito, Flá Prandi, não foi indiciado porque tem foro privilegiado, mas seu caso será levado TJ-SP. Os envolvidos estão sendo acusados de crimes como peculato, corrupção passiva, lavagem de dinheiro, quadrilha ou bando e inserção de dados falsos. Na maioria dos casos, os crimes foram enquadrados como culposos, ou seja, sem intenção.

Destaque, igualmente, para o jalesense José Célio Martini que esteve na Argentina para acompanhar as eleições daquele país, como observador internacional. Ele permaneceu na Argentina durante cinco dias e contou ao jornal que no domingo, dia do pleito, Buenos Aires nem parecia estar vivendo uma eleição presidencial. “Não havia filas nos locais de votação, não tinha papéis jogados no chão e nem boca de urna”. Martini disse que ficou impressionado com o respeito que o povo argentino tem pelo ex-presidente Lula e contou que, no discurso da vitória, a vice-presidente eleita Cristinha Kirchner agradeceu a Bolsonaro pelo apoio que ele deu ao adversário, o atual presidente Macri.

Os recursos conquistados pelo prefeito Flá Prandi, que esteve em São Paulo durante a semana e assinou convênios que vão proporcionar R$ 1,5 milhão em obras; a confirmação da condenação do ex-prefeito Parini por fraude em uma licitação do Consirj; o abandono do Jardim do Bosque, “um bairro esquecido pela administração”; a pesquisa desenvolvida por um aluno da Fatec-Jales, sobre automação veicular; a boa posição de Jales no ranking de gestão fiscal que analisou a situação financeira das prefeituras brasileiras; e a lei aprovada pela Câmara, que vai obrigar os responsáveis pela realização das chamadas “feirinhas da madrugada” a obter a anuência da ACIJ e do Sincomércio, são outros assuntos de A Tribuna.

Na coluna Enfoque, destaque para o petista Hilton Marques, que acionou um deputado do seu partido – Paulo Fiorillo – para averiguar se a instalação de radares inteligentes na “Euclides da Cunha” não estaria ligada a uma possível concessão da rodovia e a consequente instalação de pedágios. Na página de opinião, a coordenadora de produtos de investimentos da cooperativa Sicredi explica porque a poupança ainda é uma boa opção de investimento, enquanto o blogueiro Hélio Consolaro questiona se, realmente, “funcionário público é um bicho folgado?”. No caderno social, destaque para a lidíssima coluna do Douglas Zílio e para o aniversário do garotinho Davi Rossafa Moreira.   

TRIBUNAL CONFIRMA CONDENAÇÃO DE PARINI E MAIS DOIS POR FRAUDE EM LICITAÇÃO DO CONSIRJ

A 3ª Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) negou provimento ao um recurso do ex-prefeito Humberto Parini e confirmou, em julgamento realizado na terça-feira, 29, a condenação do ex-chefe do Poder Executivo jalesense, por improbidade administrativa.

Parini e outras duas pessoas – ambos ex-funcionários do Consirj -, além de duas empresas, foram condenados em junho do ano passado, em sentença do juiz José Geraldo Nóbrega Curitiba, da 3ª Vara de Jales, que julgou parcialmente procedente a ação civil pública ajuizada pelo Ministério Público, na qual Parini e os outros envolvidos eram acusados de fraudar uma licitação.

A ação movida pelo Ministério Público é de 2017, mas o caso não é tão recente assim. A licitação julgada fraudulenta foi realizada em julho de 2005 e tinha como objetivo a “contratação de pessoas jurídicas para prestação de serviços relativos a consultas médicas na especialidade psiquiatria”.

Uma das empresas vencedoras da licitação tinha como sócios os dois funcionários do Consirj, que exerciam cargos de confiança no órgão. Apesar da fraude, não ficou comprovado que os preços cobrados tenham sido superfaturados e nem tampouco que os serviços não foram executados. Ou seja, não houve prejuízo ao erário público.

Por conta disso, Parini – que era o presidente do Consirj à época – e os outros dois envolvidos não foram condenados à devolução de dinheiro aos cofres públicos. Eles terão, porém, que pagar uma multa correspondente ao dobro do último salário recebido por cada um. Além disso, eles e as empresas estarão proibidos de firmar contratos com entes públicos pelo período de três anos.

DIREÇÃO ESTADUAL DO PSL DERRUBA COMANDO DO DIRETÓRIO MUNICIPAL DE JALES, SEGUNDO PORTAL DE NOTÍCIAS DE RIO PRETO

O laranjal continua em ebulição. A notícia é do portal rio-pretense DL News:

A Executiva Estadual do PSL derrubou, sem aviso prévio ou explicações, o comando de mais quatro diretórios municipais na região: Catanduva, Santa Fé do Sul, Bady Bassitt e Jales. De 18 de setembro para cá, já são 20 presidentes defenestrados na região, incluindo o de Rio Preto, o médico Paulo Bassan.

Das quatro novas cidades que ficam sem comandos constituídos, três – Catanduva, Santa Fé e Bady Bassitt –  eram apontadas como redutos do deputado federal Coronel Tadeu, que passou a ser visto como “inimigo” da família Bolsonaro na guerra interna que divide bolsonaristas e bivaristas.

Jales, por sua vez, tinha no comando aliados do deputado federal Júnior Bozzella, também bivarista, mas que disputa palmo a palmo com Tadeu o domínio partidário no interior de São Paulo.

Os cargos seguem vagos até que a briga de cachorro grande em torno dos diretórios nacional e estadual tenha vencedores. Em São Paulo, Eduardo Bolsonaro é o presidente, mas depende da vitória do grupo do pai na guerra nacional para se manter no posto.

Se a turma de Luciano Bivar – presidente nacional do PSL – levar, Júnior Bozzella deverá ocupar a cadeira de presidente estadual do partido em São Paulo. E dar as cartas no andar de baixo, provavelmente numa composição com Coronel Tadeu.

DEU NA FOLHA NOROESTE DE HOJE

No jornal Folha Noroeste, edição digital deste sábado, destaque para a divulgação do levantamento feito pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), a respeito da gestão fiscal dos municípios brasileiros. Chamado de Índice Firjan de Gestão Fiscal (IFGF), o levantamento, feito com base em dados fiscais oficiais de 2018, aponta que Jales apresenta uma boa gestão fiscal. A cidade alcançou o índice 0,6605, que a colocou no 906° lugar entre os 5.537 municípios analisados. No estado de São Paulo, que teve 631 municípios analisados, Jales obteve a posição 158ª. O IFGF começou a ser divulgado em 2013 e, segundo o jornal, os índices mais baixos foram os de 2014 e 2016, enquanto o mais alto foi obtido em 2017.

Destaque, igualmente, para a reunião realizada na terça-feira, 29, entre representantes do IBGE e da Prefeitura de Jales – que, segundo o jornal, foi a primeira de uma série de reuniões – com o objetivo de começar a preparar o recenseamento previsto para o ano que vem. A matéria explica que a coleta de dados do município – que inclui a contagem da população – será iniciada a partir de agosto de 2020 e, por conta disso, as ações preparatórias visando a realização do Censo estão em ritmo acelerado. José Vitorino de Souza, que representou o IBGE de Jales, explicou que o órgão passará a contar com 01 coordenador e 05 supervisores já no início de 2020 e, além disso, deverá contratar 50 recenseadores, que serão escolhidos através de processo seletivo.

Na prestigiada coluna FolhaGeral, o sorumbático redator-chefe Roberto Carvalho dá pinta de que não está muito contente com a assessoria do prefeito Flá Prandi. O colunista afirma que o prefeito deveria ter aproveitado o primeiro dia de janeiro de 2019, quando atingiu 50% do seu mandato, para promover uma reformulação em sua assessoria, com a finalidade de torna-la mais ágil e mais voltada às necessidades da população. Roberto avalia que, se tivesse feita uma reforma ministerial, Flá teria evitado, por exemplo, a contundente manifestação do vereador Macetão, que, em recente sessão da Câmara, classificou os assessores do prefeito como “um bando de incompetentes”.

DEPOIS DA JOVEM PAN, A BAND TAMBÉM AFASTA MARCO ANTONIO VILLA

O professor Villa passou anos metendo o pau no PT, sem ser incomodado. Agora, em apenas dez meses de Bolsonaro, ele já foi afastado de dois programas radiofônicos, provavelmente por conta de seus comentários críticos ao governo. Deu no Brasil 247:

Cerca de quatro meses depois de ter sido afastado – com férias compulsórias – da Jovem Pan, Marco Antonio Villa, crítico ferrenho do bolsonarismo, deixou de apresentar o “Jornal Primeira Hora”, na Rádio Bandeirantes. Segundo um comunicado da empresa, foi uma decisão de “comum acordo”.

O governo de Jair Bolsonaro tem pressionado meios de comunicação a aderir ao governismo em troca de publicidade.

Nesta quinta-feira 31, Villa fez um comentário duro contra Bolsonaro e seus filhos, que segundo ele cometeram “crimes” e têm “ligação com a marginalidade”, de forma incomparável a outros governos. “Nunca na história do Brasil um presidente da República teve ligações desse tipo”, declarou. 

Leia o comunicado da Bandeirantes, postado pelo deputado Alexandre Frota (PSDB-SP):

POLÍCIA FEDERAL DE JALES CONCLUI TERCEIRA FASE DA OPERAÇÃO ‘FARRA NO TESOURO’ E INDICIA TRÊS EX-PREFEITOS

Além dos três ex-prefeitos, outras 14 pessoas foram indiciadas por diversos crimes praticados na Prefeitura de Jales. Entre os indiciados estão 11 servidores e ex-servidores da prefeitura. A PF confirmou mais de R$ 9 milhões em desvios. A notícia é da assessoria de Comunicação da PF:

A Polícia Federal concluiu nesta sexta-feira (01) a terceira fase da “Operação Farra no Tesouro”, que investigou desvios milionários na Prefeitura de Jales. Na deflagração da operação, ocorrida em 31/07/2018, a então tesoureira do município e outras cinco pessoas foram presas à época suspeitas de terem desviado mais de R$ 5 milhões dos cofres do município. Com a conclusão desta fase das investigações, este número subiu para mais de R$ 9 milhões e poderá ser ainda maior, caso outros desvios sejam identificados.

Na segunda fase da operação, ocorrida em 14/02/2019, outras duas pessoas foram presas em razão de esquema de contratação ilegal de seguros da frota de veículos do município, que também pode ter causado prejuízos milionários à cidade. Os presos nas duas primeiras fases da operação estão aguardando a conclusão das investigações e julgamentos em liberdade.

Nesta terceira fase da operação, após auditoria nas contas do município, a PF confirmou que o valor total desviado foi de R$ 9.246.588,32 (nove milhões duzentos e quarenta e seis mil, quinhentos e oitenta e oito reais e trinta e dois centavos) durante mais de dez anos de atuação da ex-tesoureira do município. Nesta fase da operação não foram cumpridas prisões, nem mandados de busca e apreensão, apenas indiciamentos criminais de 17 envolvidos nos crimes.

Ex-prefeitos, secretários de fazenda, da saúde, auditores e demais servidores que tinham a obrigação de fiscalizar ou autorizar os gastos do município foram indiciados nos crimes por negligência e omissão. O chefe da contabilidade, no período dos desvios, A.W.N.S., que aprovava as contas pagas pela ex-tesoureira, ao contrário dos demais, foi indiciado por crime doloso, pois tinha obrigação direta de fazer a conferência do trabalho feito pela ex-tesoureira.

O atual prefeito municipal de Jales somente não foi indiciado pela PF em razão da prerrogativa de foro e, por este motivo, a investigação relativa a ele será encaminhada para o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, instância competente para apuração de sua conduta.

Os investigados foram indiciados por diversos crimes, cada um de acordo com sua conduta, entre eles: Artigos 312 (peculato), 317 (corrupção passiva), 313-A (inserção de dados falsos) e 288 (quadrilha ou bando) do Código Penal, além do artigo 1º, parágrafo 2º, inciso I da Lei 9.613/98 (Lavagem de dinheiro) nas modalidades culposas e dolosas.

O inquérito foi relatado pela autoridade policial federal e será encaminhado para a Justiça Estadual de Jales/SP que abrirá vista ao Ministério Público Estadual para oferecimento da denúncia. Cópia do inquérito policial também será encaminhada à Prefeitura de Jales/SP para conhecimento e providências administrativas relacionadas aos investigados.

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