Blog do Cardosinho

O assunto já era comentado desde a semana passada e o prefeito Humberto Parini confirmou, ontem, em entrevista ao Jornal do Povo, da Rádio Assunção: o empresário e advogado Osmar Antonio da Silva, o Osmar da Landel, está propondo a doação de um novo terreno para construção da chamada ‘Cidade Judiciária’.

O terreno, medindo 35 mil metros quadrados, de propriedade do empresário, está situado nas proximidades do Hospital de Câncer, na Avenida Shiguero Kitayama. Um esboço do projeto que está sendo proposto pelo empresário já chegou à Câmara, para conhecimento dos vereadores.

Vejam como são as coisas: até uns dias atrás, o prefeito teimava em doar o campo da Fepasa para a Justiça Federal e o Ministério Público Federal. Graças à atuação de pessoas alheias à administração, agora ele já pode se dar ao luxo de escolher entre a área da BVL-X Empreendimentos e o terreno do Osmar da Landel.

Não é segredo para ninguém que a Igreja Católica somente concordou com a utilização da Praça da Catedral como área para estacionamento, porque a ‘Zona Azul’ era administrada pela Casa da Criança. Com a aprovação da lei que privatiza – ou terceiriza – a Zona Azul, através de processo de licitação, pode ser que os serviços passem a ser administrados por uma empresa privada.

Nesse caso, como ficarão as vagas para estacionamento na Praça da Catedral? É muito provável que – em que pese os interesses do comércio central – a Igreja Católica reveja a permissão dada há alguns anos para que o local fosse explorado como área de estacionamento de carros. A não ser é claro, que a futura responsável pela Zona Azul concorde em repassar o valor arrecadado naquela área para algumas entidades locais.  

O prefeito Humberto Parini usou a rede social Facebook para dar explicações sobre a falta de asfalto em algumas ruas do Parque das Flores. Instado por um internauta, o Vinícius Neris, a dar sua opinião a respeito da matéria veiculada na TV Record, o nosso premiado estadista (ou quem escreve por ele) saiu-se com a seguinte versão:

“Boa noite Vinicius, eu vi conhecemos os problemas. O Parque das flores foi loteado na década de 80, como chácaras. Os lotes são distribuidos no tamanho de 5000 m2 ou mais. A Prefeitura não tem dinheiro para fazer asfalto e recursos de convenios do governo Federal e Estadual a fundo perdido não comporta porque não é um bairro de moradores pobres, tentamos fazer com os proprietários pagando, fizemos um bom trecho da av. Flamboyan, metade dos moradores pagaram e a outra metade não quiz pagar, portanto é impossível se os proprietários não colocarem a mão no bolso, pois lá residem famílias de classe média em sua grande maioria. Jales tem um percentual pequeno de ruas sem asfalto secompararmos com Fernandópolis por exemplo. Agora porque a reportagem não mostrou o recapeamento que fizemos este ano no JACB na Cohab Arapuã nas avenidas principais, foi investido R$3.500.000,00 só este ano, e o asfalto que fizemos na Rua 19 no Jd. América. A imprensa de um modo geral e esse programa é sensacionalista, só mostra coisas negativas e as positivas que são maiores?”

Primeiro, é preciso deixar claro que a TV Record abriu espaço para que o prefeito, ou algum de seus assessores, desse as suas explicações, coisa que ele não fez. Segundo, que a matéria se refere à Avenida Resedá, no Parque das Flores II e ao Jardim do Bosque, enquanto o prefeito fala de outro setor do Parque das Flores e não diz nada sobre o Jardim do Bosque.

Terceiro, o prefeito cita o caso da Avenida Flamboyant, mas não conta que os moradores do Parque das Flores acionaram o Município na Justiça, já que eles pagaram por melhorias e não receberam. O caso já foi julgado pela Justiça de Jales, que condenou a Prefeitura e a loteadora, a Jalemi, a providenciarem as obras de infraestrutura.

Quarto, que, apesar de, segundo o prefeito, já terem sido investidos R$ 3,5 milhões em recape asfáltico, todos os dias ouvem-se, nas emissoras de rádio, reclamações sobre buracos.

Quinto e último: o prefeito bem que podia arrumar um ghost-writer um pouco mais competente.    

O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, anunciou nesta sexta-feira (desconfio que pela última vez!) os números do emprego no Brasil, relativos a outubro. Mas, para nós, o que interessa mesmo são os números de Jales e da região. Então, vamos a eles!

Em outubro, Jales não conseguiu gerar novos empregos formais, muito pelo contrário, o saldo do mês foi negativo. O número de contratações (271) foi menor que a quantidade de demissões (276), o que resultou em 05 empregos fechados. Apenas à guisa de comparação, todas as nossas vizinhas tiveram resultado positivo. Fernandópolis (saldo positivo de 87 novos empregos), Votuporanga (64), Santa Fé do Sul (37) e até Palmeira D’Oeste (02) tiveram melhor desempenho que Jales.

Mas esse não foi o pior outubro da era Parini. Em outubro de 2007, foram fechados nada menos que 41 empregos. Em 2005, fecharam-se 99 postos de trabalho, mas, nesse caso, devemos dar um desconto, pois era o primeiro ano do estadista. Em 2008, o resultado de outubro também foi negativo. Positivo mesmo, somente em 2006 e 2009.

É sempre bom mostrar isso, pois um dos principais motes das campanhas eleitorais do prefeito Humberto Parini foi justamente a geração de empregos. O candidato Parini prometeu incentivar a criação de empregos, principalmente para os nossos jovens, que, depois de se formarem em alguma profissão, são obrigados a deixar a cidade por falta de oportunidades. Como se pode ver, era só mais uma promessa eleitoral.

Pois é, Jales foi notícia dois dias seguidos no programa Balanço Geral, da TV Record. Quem esteve aqui na terrinha, mais uma vez, foi a repórter Thaís Luquesi, que ouviu um representante da Cetesb e entrevistou, também, este aprendiz de blogueiro, uma vez que eu venho acompanhando esse caso já há algum tempo.

A Thaís bem que tentou ouvir algum integrante do governo municipal  que pudesse esclarecer quais são as providências que estão sendo tomadas, mas, como sempre acontece quando o assunto é desagradável, ninguém da equipe do prefeito Humberto Parini, incluindo o nobre alcaide, se dispôs a falar. 

Agora, vejam vocês como boa parte da imprensa jalesense trata a notícia. Apenas um ou dois órgãos da imprensa local trataram desse assunto. Para os demais, a interdição e o fato de o prefeito Humberto Parini não cumprir um Termo de Ajustamento de Conduta assinado em 2005 não é notícia. Deve ser porque o prefeito teve pouco tempo para cumprir o acordo!

O professor José Antonio de Carvalho, beatlemaníaco (uma virtude!) e santista (um defeito!), já viajou o Brasil inteiro, além de diversos países, apitando jogos de voleibol. É dele essa frase lapidar: “Jales é o único lugar do mundo onde a notícia tem que correr atrás da imprensa”.

Que tal dar uma olhada, agora, na matéria veiculada hoje pela TV Record? É só clicar aqui.   

A repórter Thaís Luquesi, da TV Record, esteve em Jales na quarta-feira para gravar matéria mostrando um pouco do descaso da administração municipal para com dois bairros da cidade – o Parque das Flores II e o Jardim do Bosque.  

É bem possível que, depois de eleito, o prefeito Humberto Parini nunca mais tenha passado por esses e outros bairros. Aliás, acho que o prefeito não tem passado nem pelo centro da cidade. A matéria da Thaís, mostrada no Balanço Geral, de ontem, pode ser vista aqui. Se você ainda não viu, vale a pena dar uma olhada.

Eu já escrevi por aqui que o prefeito Humberto Parini, muitas vezes, investe dinheiro na construção de escolas e outros melhoramentos  porque ele está obrigado a isso, já que a não aplicação de 25% do orçamento anual em Educação é uma das poucas coisas que implica na cassação quase imediata do prefeito.

Ao contrário do que Parini tenta propagar, inclusive em publicidade televisiva, a aquisição de condicionadores de ar para salas de aula das escolas municipais, não visa unicamente o conforto e o bem-estar das nossas crianças, mas, acima de tudo, objetiva gastar o dinheiro da Educação. No final de 2009, por exemplo, sem qualquer planejamento ou estudo, o prefeito mandou comprar aparelhos de ar condicionado para algumas escolas. Era urgente que se gastasse os recursos, para atingir os 25%.

Os aparelhos só puderam ser ligados agora no meio de 2011, uma vez que a instalação elétrica da maioria das escolas não comportava o acréscimo no consumo da energia. Fez-se tudo ao contrário! Primeiramente e, às pressas, compraram-se os aparelhos. Depois de comprados, constatou-se que eles não podiam ser instalados. Contratou-se, então, uma empresa para fazer um projeto elétrico e outra para executá-lo. Isso tudo demorou mais de um ano.

Pois bem, agora nos chega a novidade: ontem à noite, através da caixa de contatos do blog, recebi um e-mail noticiando que o nosso premiado estadista baixou um decreto PROIBINDO que os aparelhos de ar condicionado das salas de aula fossem ligados no período da manhã. Como se vê, o conforto das crianças não é a preocupação principal. O que interessa mesmo é gastar o dinheiro da Educação, instalando condicionadores de ar, para depois proibir que sejam ligados.

Por outro lado, enquanto restringe o uso do ar condicionado, o prefeito se utiliza do famoso “jeitinho” para possibilitar que Chaparim, Ronaldo e outros reforcem o caixa pessoal com mais de R$ 100 mil em verbas rescisórias, pagas pelo erário público.

Hoje, no Jornal do Povo, da Rádio Assunção, uma moradora do JACB reclamou dos buracos da Rua Joaquim da Veiga Pimentel, onde ela mora. A reclamação passaria despercebida não fosse ela moradora do JACB, onde a Prefeitura acabou de fazer um recape. Eu estive no JACB, logo após o tal recape, e, por coincidência, andei fotografando a Rua Joaquim da Veiga Pimentel. Por sinal, uma das esquinas da rua ainda ostenta uma propaganda da deputada Analice Fernandes, a preferida do nosso prefeito.

Fotografei também a Rua Curitiba, cuja situação era essa que vocês podem ver na foto acima, à direita. Repito: as fotos foram feitas depois do recape realizado no JACB, o que demonstra que algumas ruas do bairro foram esquecidas. Mas o caso do JACB não é único.

Na mesma época, a empresa Demop Participações Ltda, responsável pelos serviços de recape em Jales, andou recuperando também algumas ruas do Jardim Oiti. E, assim como no caso do JACB, foram verificados alguns esquecimentos, como, por exemplo, a Rua dos Sabiás, que, totalmente esburacada, pode ser vista na foto abaixo, à esquerda. Querem mais um exemplo de como as coisas são mal planejadas? A outra foto aí embaixo mostra um pedaço da Avenida Salustiano Pupim, que, igualmente, teve uns trechos recuperados.

O próprio secretário Manoel Andreo de Aro esclareceu um dia desses, em entrevista radiofônica, porque esse tipo de coisa acontece. Ele explicou que as ruas que estão sendo recapeadas agora, foram  selecionadas há cerca de dois anos e meio, quando a situação era outra. A burocracia dos convênios e a lerdeza e falta de prestígio do nosso prefeito (isso sou eu quem estou falando), fez com que, somente agora – quando dezenas de outras ruas também já ficaram esburacadas – fossem recapeados os trechos escolhidos em 2009.