Categoria: Administração

PARINI TENTA ASSUMIR PATERNIDADE DAS 368 CASAS CONSTRUÍDAS PELA INICIATIVA PRIVADA

O prefeito Humberto Parini, sabe-se, conseguiu, em quase sete anos de governo, iniciar, concluir e entregar apenas vinte e poucas casas populares, apesar da promessa eleitoreira de construir 1.000 habitações. Na verdade, bem que o premiado estadista já poderia ter chegado à expressiva marca de quase sessenta casas entregues à população de baixa renda, mas a administração Parini não consegue terminar as 29 unidades iniciadas há uns dois anos, cuja entrega estava prevista para abril passado. Quem sabe, para abril do ano que vem…

E já que não consegue realizar muita coisa, o governo Parini resolveu apelar para a criatividade: desde a semana passada, uma nova placa enfeita a Praça “Euphly Jalles”. Nela, diz-se que estão sendo construídas 368 novas casas, pelo programa Minha Casa, Minha Vida. Quem lê a placa, pode ficar com a impressão de que as 368 casas é uma conquista da administração municipal. Ledo e Ivo engano! Trata-se de um projeto da iniciativa privada para famílias com renda entre 3 e 6 salários mínimos.

Mas a cara de pau é tamanha que o prefeito Parini contabiliza, inclusive em entrevistas, a construção das 368 casas como uma conquista do seu governo. Não demora, e ele vai começar a dizer que as casas do condomínio do Venturini também é uma obra da administração Parini.   

PREFEITO ESTADISTA EXPÕE MAIS UMA CONQUISTA

E ainda tem gente que insiste em dizer que o prefeito Parini está sem prestígio junto ao governo Dilma. Vejam se não é uma injustiça! Quem passou pela Praça “Euphly Jalles”, durante a semana passada, deve ter observado o veículo Gol ali exposto e a faixa que anunciava mais essa grande conquista do nosso premiado estadista. Diz a faixa que o veículo foi adquirido com recursos do governo federal. E o adesivo pregado no carro diz que ele deverá ser utilizado exclusivamente na Promoção Social.

CLAUDIR ARANDA CONSTRANGE VEREADORES DA COMISSÃO DE JUSTIÇA

Uma ação no mínimo desleal do presidente da Câmara, Claudir Aranda, estaria causando constrangimentos e até aborrecimentos aos vereadores que compõem a Comissão de Justiça e Redação e também a outros vereadores. Encarregada de analisar os projetos que criam os novos estatutos e planos de carreiras dos servidores e dos profissionais do magistério da Secretaria de Educação, a Comissão – formada pelos vereadores Tatinha, Rivelino e Nishimoto – vem sendo pressionada a apressar seu trabalho.

Não bastasse a pressão, que inclui até a entrega de abaixo-assinado, Claudir Aranda cuidou de colocar mais lenha na fogueira: dia desses, ele reuniu alguns funcionários da Educação para dizer que os vereadores da Comissão estariam “segurando” o projeto. E, para confirmar suas palavras, ligou a um servidor da Câmara e, sem que o funcionário soubesse, deixou o telefone no viva-voz para que o pessoal da Educação ouvisse a conversa. O servidor, é claro, confirmou que o projeto estava com a Comissão, até porque era lá que ele tinha que estar mesmo.

Um detalhe: em todas as matérias que envolvem o funcionalismo, os vereadores da Comissão de Justiça costumam ouvir as partes envolvidas e o Sindicato dos Servidores Públicos. Desta vez, não está sendo diferente e Claudir sabe disso. Mas, na ânsia de fazer média, toma atitudes que atropelam o andamento natural das coisas.        

NA TRIBUNA DE DOMINGO: PRESTAÇÃO DE CONTAS DA FACIP 2009 ESTÁ DANDO O QUE FALAR

No jornal A Tribuna, de domingo, os leitores ficarão sabendo o que está acontecendo com a prestação de contas da Facip 2009. Lembram-se da Facip 2009? É aquela que recebeu R$ 600 mil do famigerado Ministério do Turismo e mais R$ 120 mil da Prefeitura de Jales, a título de contrapartida.  

É também aquela que teve dois balancetes. No primeiro, anunciado pelo então presidente Alessandro Ramalho Flausino, registrou-se R$ 139 mil em gastos com publicidade, que, somados a outros R$ 177 mil pagos pela Prefeitura para divulgação da festa, totalizaram R$ 316 mil. No segundo, depois de algumas reuniões na Prefeitura, os gastos com publicidade baixaram para R$ 241 mil, ainda assim uma cifra desproporcional.

Em ambos os balancetes, o lucro foi de quase R$ 140 mil, repartido entre o Hospital de Câncer e a Fundação Masaru Kitayama. A Facip 2009 está sendo investigada pelo Ministério Público, mas, além disso, parece que a prestação de contas está dando uma certa confusão no Ministério do Turismo. Na Tribuna, você ficará sabendo os detalhes desse assunto e de muitos outros.

SALÁRIO DE AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE EM PARANAPUÃ É MAIOR QUE EM JALES

Assim como a Prefeitura de Jales, a Prefeitura de Paranapuã está abrindo processo seletivo para contratação de agentes comunitários de saúde. A diferença está no salário. Aqui em Jales, consta que o salário é de R$ 503,44, mas acredito que seja um pouco mais. Já em Paranapuã, o agente comunitário de saúde vai ganhar R$ 750,00 pelas mesmas 40 horas semanais de trabalho.

Para compensar, o processo seletivo de Paranapuã inclui também a contratação de enfermeiros, com salários de R$ 926,62. Aqui em Jales, onde a Prefeitura vai contratar 11 enfermeiros, o salário é um pouco maior: R$ 1.397,00. Da mesma forma, em Jales serão contratados 09 dentistas, com salário de R$ 2.900,72 por 20** horas semanais de trabalho. Em Paranapuã, o dentista aprovado no processo seletivo vai faturar bem menos: R$ 1.300,26. 

**Post Scriptum: A amiga visitante “assistente social” enviou comentário corrigindo um erro do aprendiz de blogueiro. E ela tem razão: ao contrário do que informei acima, no caso dos dentistas aqui de Jales, a jornada de trabalho é de 40 horas semanais. Apenas em Paranapuã é que a jornada é de 20 horas semanais.

CÂMARA RECEBE ABAIXO-ASSINADO DE PROFESSORES DO MUNICÍPIO

(por Roberto Timpurim)

Um grupo formado por aproximadamente cem professores estiveram no Plenário da Câmara de Jales para reivindicar a aprovação do Projeto de Lei nº 05, que institui o Estatuto, Plano de Carreira e a Remuneração dos Profissionais do Magistério Púbico da Educação Básica do Município. 

Após a sessão, os vereadores atenderam o grupo de professores que, na oportunidade, entregou um abaixo assinado com mais de 120 assinaturas, onde os profissionais da educação solicitam a aprovação do referido projeto e que estão de acordo com a adequação proposta pela administração. 

O projeto encontra-se na CCJ – Comissão de Constituição, Justiça, Redação e Legislação Participativa, que é composta pelos vereadores: Presidente Aracy de Oliveira Murari Cardozo(sem partido), vice-presidente Rivelino Rodrigues(PPS) e relator Sérgio Yoshimi Nishimoto(PTB). Segundo os membros da comissão o projeto é complexo e exige tempo para análise e possíveis emendas. 

O presidente da Câmara de Jales, Claudir Aranda, afirmou que o referido projeto terá sua inclusão na ordem do dia da próxima sessão ordinária. “Os prazos previstos no regimento da Casa para a análise e parecer pela CCJ já estão esgotados, portanto, pretendo cumprir o regimento e incluí-lo na pauta para deliberação em plenário”, ressaltou Claudir.

FORNECEDORES DA PREFEITURA CONTINUAM RECEBENDO COM ATRASO

Nós estamos em setembro e, segundo informações confiáveis, a Prefeitura de Jales ainda não conseguiu pagar todos fornecedores que tinham créditos para receber no mês de março. Nesse ritmo, em dezembro, o czar das finanças municipais, Rubens Chaparim, vai estar pagando as contas de junho, se tanto.

Não custa lembrar que a situação poderia estar pior, caso a Prefeitura tivesse pago as parcelas de 2010 e 2011 – cerca de R$ 3,2 milhões – da dívida com dona Minerva. Embora continue dizendo que está pagando essa conta, Parini utilizou a chamada “Emenda do Calote” para fugir à promessa de acabar com o “fantasma da dívida”. 

Não custa lembrar também que nem todos os credores estão sem receber. Existem exceções, é claro: alguns fornecedores e prestadores de serviços com mais trânsito no Paço –  “amigos do rei”, se preferirem – estariam com as contas mais ou menos em dia. Como é o caso da Ecopav e de algumas empreiteiras.

Um dia desses, recebemos uma reclamação de que estariam faltando ambulâncias para transporte de doentes. Procurei saber o que estava acontecendo e recebi a informação de que, realmente, algumas ambulâncias estavam fora de circulação por problemas mecânicos. E, segundo o meu informante, a maior dificuldade estava em encontrar uma oficina que se dispusesse a executar os serviços, uma vez que a maioria das oficinas da cidade já não quer saber de negócios com a Prefeitura. 

TRIBUNAL DE CONTAS NÃO ENTENDEU COMPRA DE CAMINHÃO PARA SECRETARIA DE EDUCAÇÃO

Eu ainda ocupava o cargo de chefe de gabinete da Educação, em março ou abril de 2010, quando recebi uma orientação vinda do gabinete do prefeito para que solicitássemos a aquisição de um caminhão para aquela Secretaria. Junto com a orientação, chegou também um orçamento fornecido por uma empresa de Jales, com a descrição do caminhão e o preço, algo em torno de R$ 90 mil.

Não entendi bem qual seria a necessidade do tal caminhão na Secretaria de Educação. Normalmente, todo início de mês a Secretaria distribui alguns materiais às escolas – tipo papel higiênico, sabonete, detergente, vassoura, etc – mas daí a comprar um caminhão prá isso vai uma distância muito grande. Nos bastidores da Prefeitura – onde se ouve de tudo – correu o boato de que a compra do caminhão seria uma espécie de “retribuição” à gentileza de uma empresa que estava colaborando com a Facip 2010.

Se era essa a intenção, não deu certo! Aberta a licitação, saiu-se vencedora uma empresa de Fernandópolis, que dispôs-se a vender o caminhão por pouco mais de R$ 72 mil. E se a intenção era simplesmente investir o dinheiro da Educação para atingir os 25% do orçamento que a lei obriga a gastar no Ensino, parece que também não deu certo.

Segundo fiquei sabendo um dia desses, o Tribunal de Contas não aprovou a compra do caminhão para a Educação. Pelo jeito, o pessoal do Tribunal também não entendeu para que serviria um caminhão naquela Secretaria. Normalmente, nas outras cidades os prefeitos – quando precisam gastar dinheiro – compram veículos para transporte de alunos. Aqui em Jales, o prefeito compra um caminhão para transportar caderno, caneta, café, açúcar, etc.  Entender um estadista, como se vê, não é tarefa fácil.

PROJETO REPASSA R$ 20 MIL PARA ADERJ CUIDAR DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES

É muito provável que, na sessão da Câmara desta segunda-feira, seja votado o projeto de lei 057/11, que autoriza a Prefeitura a repassar mais R$ 20 mil – em dez parcelas de R$ 2 mil – para a Associação dos Deficientes Físicos da Região de Jales – ADERJ. O dinheiro virá do Fundo Municipal da Infância e da Juventude e, diz o projeto, deverá ser aplicado na política de atendimento a crianças e adolescentes do município.

A escolha da ADERJ como uma das entidades beneficiadas com dinheiro do Fundo foi aprovada pelo Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, cujo presidente é o senhor Anísio Martins Ferreira Filho, que também é um dos dirigentes da ADERJ. Por isso mesmo, o projeto de lei, que é de maio deste ano, vem sendo empurrado com a barriga há algum tempo. 

Alguns vereadores querem saber se Anisinho participou da escolha da ADERJ, o quê, segundo eles, não seria lá muito certo. Eles querem saber também se houve alguma publicação convidando as entidades de Jales a apresentar seus projetos, ou se o assunto ficou restrito a meia dúzia de entidades.

Detalhe: a ADERJ já possui oito termos de parceria com a Prefeitura que, no total, somam R$ 7,1 milhões e comprometem cerca de 10% do orçamento municipal. 

AS VIAGENS DO ESTADISTA

Os dados do Tribunal de Contas registram que, no mês de julho, o chefe de gabinete Léo Huber recebeu R$ 8.514,00 para cobrir despesas com as viagens do prefeito Humberto Parini. Foram cinco incursões a São Paulo, uma a São José do Rio Preto e outra a Brasília. Segundo consta dos empenhos, todas as viagens do nosso premiado estadista visavam tratar de assuntos de interesse da municipalidade.

No caso da viagem a Brasília, embora o empenho tenha sido providenciado apenas em julho, consta que Parini estivera por lá nos dias 29 e 30 de junho. Resta esperar, agora, os dados de agosto – quando ele passou alguns dias em Brasília buscando recuperar o cargo – para sabermos quanto o estadista gastou em nome dos “interesses da municipalidade”.

Ah!, tava me esquecendo: as despesas de julho registram também uma viagem da primeira-dama, Rosângela Parini, a São Paulo. Coisa de R$ 1.500,00.

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