DE COMO FUNCIONA A NOVA POLÍTICA
O professor Marco Antônio Villa comenta os áudios do Queiroz e as ligações perigosas da família Bolsonaro. Se você é bolsominion, melhor não ver:
Jair Bolsonaro ficou enfurecido ao receber um compilado de postagens feitas nas redes sociais por um anônimo superintendente da Receita Federal do interior da Bahia. A informação é do jornalista Lauro Jardim, em sua coluna no jornal O Globo.
As publicações revelavam preferências ideológicas desalinhadas com o Palácio do Planalto.
No Facebook, ele esculhamba o governo, critica Bolsonaro e exalta Chico Buarque — na tortuosa visão do presidente, uma grave infração.
Bolsonaro mandou José Tostes, o secretário especial da Receita Federal, tomar pé do assunto e resolvê-lo.
O vereador de Uberlândia, em Minas, Wilson Pinheiro (PP) foi preso na manhã de sexta, 25, durante a Operação “Poderoso Chefão”, deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado.
Uma organização criminosa atuava no desvio de recursos públicos vindos de contratos de prestação de serviço público municipal de transporte de alunos.
Cerca de R$ 7 milhões foram surrupiados. Também são apurados crimes de corrupção praticados por delegados da Polícia Civil na cidade.
Organização criminosa, peculato e lavagem de dinheiro.
A Câmara decidiu suspender o mandato dele e dos colegas Alexandre Nogueira (PSD) e Juliano Modesto (SD), bem como o salário.
Evangélico, guerreiro contra a corrupção, Pinheiro posou recentemente nas redes sociais com uma camiseta onde se lia o famoso slogan de Cid Gomes “O Lula tá preso, babaca”.
Ficou bonita nele. Um par de algemas compunha o figurino.
A justiça concedeu-lhe a liberdade porque ele ainda se recupera de procedimento cirúrgico.
Cumpre prisão domiciliar com a tornozeleira eletrônica e não poderá sair do perímetro da residência.
Provavelmente nunca mais vai usar a mesma camiseta.
A capa da revista Veja desta semana é uma farsa, construída com ajuda de quem quer influir no julgamento sobre a prisão a partir da condenação em segunda instância.
“O Marcos Valério nunca afirmou que Lula é o mandante do assassinato de Celso Daniel”, disse ao DCM o delegado Rodrigo Pinho de Bossi, a autoridade que tomou o depoimento que Veja utiliza para construir a versão de que o ex-presidente está envolvido na morte do ex-prefeito de Celso Daniel.
“A Veja está querendo influir no julgamento da segunda instância, e nessa farsa posso dizer com certeza, que há a ação de Mara Gabrilli”, afirmou, em referência à senadora do PSDB que é filha de um empresário do setor de ônibus que admitiu, em depoimento a uma CPI de Santo André, que participou, conscientemente, do esquema de corrupção que existia na cidade mesmo antes da administração petista.
Desde a morte de Celso Daniel, no entanto, Mara Gabrilli tem feito de um caso de corrupção uma trama de violência política, colocando seu pai (e a si mesma) como vítima. Rodrigo Bossi de Pinho sabe do envolvimento de Mara Gabrilli na farsa que Veja constrói porque foi procurado nesta semana por ela. “Mara Gabrilli me ligou diversas vezes essa semana, tentando me influenciar a liberar o vídeo da oitiva. Não dei”, contou.
“Sabia que eles estavam tentando influenciar no julgamento do STF”, acrescentou.
Torcedor entusiasta do Flamengo, o músico Marcelo D2 foi ao Twitter para ironizar Jair Bolsonaro, que havia declarado ter sido convidado por dirigentes do clube carioca para assistir à final da Libertadores. Nesta sexta-feira (25), foi desmentido. “Querendo surfar nossa onda! Sai pra lá fascista. Aqui não, Bozo!!!”, tuitou o cantor.
O Flamengo vai disputar a decisão da competição sul-americana contra o River Plate, da Argentina, no dia 23 de novembro, no Chile. No entanto, segundo o jornalista Mauro Cezar Pereira, da ESPN-Brasil, o clube não convidou o presidente e não pensa em fazê-lo.
Em visita à China, o presidente entregou um agasalho do clube ao mandatário Xi Jinping. A assessoria do Flamengo negou ter fornecido o material esportivo.
Em uma dura reportagem sobre os bastidores da presidência da República, a revista IstoÉ afirma ter descoberto “uma assombrosa malha de práticas criminosas que já levaram no Brasil, legal e legitimamente, à abertura de processos de impeachment do mais alto mandatário da Nação”.
Assinada pelo jornalista Germano Oliveira, matéria também aponta a “manutenção de uma poderosa rede de milicianos digitais operados diretamente pelo Planalto, promíscuo fato que joga na marginalidade a República brasileira, transformando-a em republiqueta de fundo de quintal”. “Ou, melhor: fazendo da República uma associação criminosa de milicianos”, diz o texto.
A “quadrilha digital”, termo usado na reportagem, seria chefiada por Dudu Guimarães, assessor parlamentar do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP). De acordo com o texto, “Dudu é o responsável pelo falso perfil Snapnaro, e há outros perfis, igualmente falsos, comandados pelos Bolsonaros – como Bolsofeios, Bolsonéas e Pavão Misterioso”.
O grupo é coordenado pelo vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ) e pelo assessor internacional da Presidência do Brasil, Filipe Martins. Também é formado por três funcionários públicos que operam na criação de notícias favoráveis ao atual ocupante do Planalto, mas também produzem fake news e dossiês contra desafetos, estejam eles dentro ou fora do governo. São eles: Tércio Arnaud Tomaz, José Mateus Salles Gomes e Mateus Matos.
Lua de mel com recursos públicos
A revista informa que Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) usou dinheiro público para a sua lua de mel. A advogada Karina Kufa, contratada pelo PSL a pedido do congressista, teria sido a responsável por acertar os detalhes da viagem. O filho de Jair Bolsonaro Eduardo se casou com Heloísa Wolf no dia 25 de maio, no Rio de Janeiro, com as despesas pagas por amigos, mas faltava comprar as passagens para as Ilhas Maldivas. Karina teria ligado para Antonio Rueda, vice-presidente nacional do PSL, pedindo dinheiro do fundo partidário.
Segundo a revista, Rueda, próximo ao deputado Luciano Bivar, presidente nacional da legenda, liberou o dinheiro e chegou a confidenciar. “Não agüento mais essa mulher me telefonando para pedir dinheiro para o Eduardo”.
“As mesmas fontes, checadas com dois deputados do PSL ligados a Rueda, confirmaram a informação já citada acima de que até carro blindado de Eduardo é pago com o erário”, diz a reportagem.