Quem denunciou o caso foi a Organização de Defesa da Cidadania de Mirandópolis. Vejam a notícia:
O Ministério Público entrou com uma ação civil pública por ato de improbidade administrativa contra os três por irregularidades na prestação de contas de uma viagem a Santos (SP), em abril de 2008. Os envolvidos, que também respondem a um processo criminal, negam as irregularidades.
A viagem aconteceu para que os vereadores Ginez Fernandes da Silva (DEM), Marcos Antônio Iarossi (PP) e Osvaldo Teixeira Mendes Filho, que, na época, cumpria mandato pelo PMDB, pudessem participar do 52º Congresso Estadual de Municípios, que naquele ano ocorreria entre 31 de março e 5 de abril.
Para as despesas, sacaram da conta da Câmara de Mirandópolis R$ 5 mil. Segundo o MP, após retornarem, foram prestar contas quase duas semanas depois, apenas no dia 18, apresentando notas fiscais de gastos e devolvendo R$ 3.066,37. A diferença entre o sacado e o devolvido foi comprovada por meio de notas fiscais.
As cúpulas do PT e do PMDB estiveram reunidas ontem. Pelo lado do PT, o prefeito Parini, o pré-candidato Especiato e o presidente do diretório, Antonio Carlos Nogueira, o Cacaio. Entre os peemedebistas, o prefeiturável Garça, o presidente João Missoni, o secretário Paulo Sérgio e o vereador Rivelino Rodrigues.
Pelo que se comenta, o prefeito Humberto Parini – que confessou, no Antena Ligada, a intenção de anunciar, ainda nesta semana, um vice do PMDB para o pré-candidato Luís Especiato – vai ter que esperar mais um pouco. Ou, então, procurar um vice em outro partido.
Na reunião de ontem, os peemedebistas confirmaram a candidatura de Garça e até deixaram aberta a possibilidade de Especiato ser o vice dele. Segundo informações, os petistas até tentaram pressionar os peemedebistas com aquela história de que os dois partidos já tem uma parceria em nível federal e local, e, portanto, o PMDB teria praticamente a obrigação de manter a coligação com o PT de Jales.
Os petistas, principalmente Especiato, cobraram os representantes do PMDB pela aproximação com a oposição – leia-se DEM e PSDB – e receberam como resposta a alegação de que o PT – leia-se Parini – nunca procurou o PMDB para uma conversa. Além disso, os peemedebistas explicaram que a aproximação do prefeiturável Garça com o pré-candidato do DEM, Flávio Prandi, é algo natural, já que ambos são amigos de longa data.
O que ficou claro é que o PMDB de Jales, ao contrário do que algumas pessoas apostavam, está mesmo fechado com o pré-candidato Garça. E caberá a ele, Garça, decidir os rumos de sua candidatura. O mais provável, no momento, é a manutenção do acordo com o DEM e o PSDB.
A notícia está na coluna que o jornalista Cláudio Humberto – o ex-porta-voz do ex-presidente Collor – escreve para vários jornais do país:
O militante petista José Adalberto Vieira da Silva, que em julho de 2005 foi preso no aeroporto de Congonhas, em São Paulo, transportando 100 mil dólares na cueca e 209 mil reais numa bolsa, agora se queixa de ter sido abandonado pelo PT. Ele era assessor do deputado José Guimarães (PT-CE), irmão do então presidente nacional do partido José Genoino (PT-SP), e retornava para Fortaleza após uma “missão”.
Investigações indicaram que a fortuna da qual José Adalberto era portador seria produto de propina por negócios no Banco do Nordeste. José Adalberto vive na periferia de Aracati (CE), e se mantém com a ajuda de familiares. É um arquivo vivo de grande potencial destruidor.
Na última audiência na Justiça, o PT nem sequer lhe disponibilizou um advogado. José Adalberto teve de recorrer a um defensor público. Ao contrário de José Adalberto, José Guimarães está bem de vida e com prestígio: é vice-líder do governo na Câmara dos Deputados.
Em fevereiro, o jornalista Deonel Rosa Júnior comentou, em sua lidíssima coluna Fique Sabendo, do Jornal de Jales, uma pesquisa encomendada pelo PMDB. Segundo o jornalista, pelo menos três pré-candidatos disputavam, naquela oportunidade, o páreo cabeça-a-cabeça, enquanto um quarto pré-candidato apresentava índices também com dois dígitos, mas mantinha-se um bocado afastado do pelotão da frente.
Se as informações extra-oficiais sobre a pesquisa encomendada, agora em maio, pelo prefeito Parini, estiverem corretas, Deonel nem precisará alterar o comentário. Segundo os boatos que chegam, o novo levantamento apenas teria confirmado os resultados de fevereiro, sem grandes novidades.
A única novidade estaria no pelotão dos retardatários, que agora conta com a presença ilustre de um jovem empresário, por sinal muito amigo do prefeito. De acordo com os rumores que circulam, o jovem empresário teria o dobro das intenções de votos obtidos por um polêmico vereador, que se diz pré-candidato.
O PSDB de Jales é mesmo um enigma cercado de mistérios! Em entrevista ao Antena Ligada, de hoje, a deputada Analice Fernandes anunciou, para quarta-feira, uma notícia que, a se julgar pela fala da tucana, vai abalar as estruturas da política local. Enquanto isso…
Enquanto isso, nos senadinhos da vida, especula-se que a novidade não será tão nova assim: segundo os rumores, o juiz aposentado, Pedro Callado, vai anunciar a sua pré-candidatura ao posto de prefeito, coisa que já foi anunciada há muito tempo, embora o próprio Callado – em conversas com amigos – já tenha desmentido várias vezes a intenção de candidatar-se.
Especula-se mais: para alguns, a insistência em uma candidatura própria seria fruto da radicalização de alguns setores do PSDB; para outros, seria uma estratégia para valorizar o passe do partido e conseguir, no mínimo, emplacar um tucano como vice de alguma candidatura.
Nas eleições de 2008, os tucanos radicalizaram e os resultados não foram dos melhores: o candidato do PSDB, doutor Ivo, teve 1.275 votos e o partido – que tinha três vereadores – viu sua bancada na Câmara Municipal despencar para apenas um vereador. Se abandonar o diálogo e radicalizar novamente, periga de não eleger nem o vereador.
Nosso prefeito petista não anda lá com muito prestígio junto ao seu partido, o PT. Mas, em compensação, parece que, entre o tucanato, ele transita com alguma desenvoltura. Vejam a foto acima, extraída do blog da Luiza, e me digam se ela não é emblemática: Parini, uma solitária estrela petista em meio a uma constelação de tucanos.
A foto foi registrada ontem, quando o nosso premiado estadista “inaugurou” centenas de milhares de metros quadrados de recape no JACB, obra executada graças à gentileza da deputada Analice Fernandes(PSDB), que obteve os recursos junto ao governo estadual. Mais fotos do evento podem ser vistas no blog da Luiza, clicando aqui.
E o prefeito – considerado o chefe da quadrilha – também pode ser preso a qualquer momento. Tudo começou com uma reportagem televisiva contendo denúncia sobre a venda irregular de um terreno. O prefeito de Rio Largo(AL), após obter autorização dos vereadores, desapropriou e vendeu, por R$ 700 mil, uma área para construção de casas populares. Vinte e um dias depois da negociata, a própria Prefeitura avaliou a área em R$ 21 milhões.
O caso foi investigado pelo Ministério Público alagoano que pediu a prisão dos envolvidos. Na quinta-feira, quando os vereadores realizavam uma sessão ordinária, a polícia cercou o prédio da Câmara e prendeu todos os que estavam por lá. Três vereadores tinham faltado à sessão e foram considerados foragidos. A notícia completa pode ser vista aqui.
A reunião entre o prefeito Humberto Parini, dirigentes petistas e a cúpula do PMDB, que estava marcada para este sábado, conforme anúncio do nosso premiado estadista no Antena Ligada, foi adiada, segundo informações, para segunda-feira.
Uma das versões para o adiamento: o PMDB gostaria de contar com a presença do prefeiturável Garça na reunião com o prefeito, mas, como o peemedebista já teria agendado uma viagem para este sábado, optou-se pela transferência do encontro para segunda-feira.
E, como o tempo é de reuniões, comenta-se que dirigentes dos três partidos – PMDB, DEM e PSDB – teriam se reunido, ontem, em um hotel da cidade. Não se sabe, porém, o que foi discutido.
O presidente do PMDB local, João Missoni Filho, já está de volta a Jales e, o que é melhor, com o celular ligado. Ele confirmou que foi procurado pelo presidente do diretório local do PMDB, Antonio Carlos Donizeth Nogueira, o Cacaio, para uma reunião com o prefeito Humberto Parini.
Missoni acha, porém, que qualquer conversa com o PT ou outro partido deve incluir o prefeiturável Garça. “Eu deixei a Prefeitura porque o meu partido, o PMDB, têm um pré-candidato a prefeito e entendo que podemos até nos reunir com o PT e o Parini, mas não vamos tomar decisão nenhuma sem a presença do Garça”, argumentou Missoni.
No PT é assim: sempre que o prefeito Humberto Parini provoca um início de incêndio, recorre-se ao Cacaio pra tentar apagar o fogo. Como eu já disse por aqui, Cacaio é uma das pouquíssimas cabeças pensantes do PT.
Ao contrário do que muita gente diz – inclusive o comentarista do Antena Ligada – o PMDB não está no governo Parini desde o início. Jediel, por exemplo, fazia oposição a Parini, na Câmara. Foi Cacaio quem, em 2006, costurou o acordo que levou o PMDB para o governo Parini e permitiu que ele tivesse uma reeleição tranquila.
Apesar de ter sido secretário da administração Parini, a verdade é que João Missoni tem muito mais diálogo com Cacaio, do que com o prefeito petista. Nos seis anos em que foi secretário, é possível que o presidente do PMDB nunca tenha recebido uma visita de Parini à sua sala, que ficava a poucos metros do gabinete do prefeito.
Pelo que fiquei sabendo, ninguém está conseguindo falar com o presidente do PMDB local, João Missoni Filho, depois que o prefeiturável José Devanir Rodrigues, o Garça, anunciou no rádio o acordo informal firmado entre o seu partido e os possíveis aliados DEM e PSDB, dos também prefeituráveis Flávio Prandi Franco e Pedro Manoel Callado.
Eu mesmo acionei por duas ou três vezes o celular do João, nesta quinta-feira, mas ele encontra-se desligado. Segundo fontes peemedebistas, Missoni estaria incomunicável até sábado ou domingo, quando lideranças dos três partidos pretendem reunir-se novamente para formalizar o acordo.
As mesmas fontes garantem que o presidente do PMDB estaria sendo persistentemente procurado por prepostos do prefeito Humberto Parini e por dirigentes do PT local. Parini, que lançou a pré-candidatura do empresário Bexiga, sem consultar seus principais aliados, estaria, agora, querendo conversar com o PMDB.
As principais lideranças do PMDB, incluindo o próprio Missoni e o dirigente estadual, Jarbas Zuri Júnior, estão firmemente decididos a cumprir o acordo informal com o PSDB e o DEM, mas é claro que o partido vai, a partir de agora, sofrer pressão dos petistas que querem, a todo custo, manter a aliança com os peemedebistas.
Se depender, no entanto, somente de Garça, Missoni e Jarbas, o PT vai ter que arrumar novos parceiros.