Blog do Cardosinho

Não é segredo para ninguém que o advogado nomeado por Macetão, o fernandopolense Marlos Santana, está, há algum tempo, pensando em deixar o cargo de procurador jurídico da Câmara. Por isso mesmo, Macetão já teria até convidado o advogado Luiz Fernando de Paula, aqui de Jales, para assumir o cargo.

Por sinal, Luiz Fernando chegou a estar presente em duas sessões da Câmara, para sentir o ambiente, mas, depois de pesar os prós e os contras, achou melhor declinar do gentil convite feito por Macetão. Antes, porém, de recusar o convite, o advogado conversou com um amigo vereador e concluiu que o mar – na Câmara – não está para peixe. 

Alguns comentaristas já começam a pegar no meu pé por conta da eleição da vereadora Tatinha(PPS) para ocupar a vaga deixada pelo seu colega Rivelino Rodrigues(PMDB). E eles têm razão! A vereadora, ao que parece, ainda tentou justificar sua eleição afirmando que os fins justificam os meios. É lamentável!

O mandato, é bom que se diga, é da vereadora e ela faz dele o que acha que deve fazer. No entanto, como eleitor e, mais do que isso, como um dos responsáveis pelas três campanhas dela, creio que posso dar minha opinião: não existe nenhum fim que justifique a sua concordância em participar dessa palhaçada. Nenhum fim!

Sem falar em outros motivos para que a vereadora ficasse o mais distante possível do demagogo presidente da Câmara, ela também – assim como o Rivelino – foi denunciada no Ministério Público pelo Macetão e terá que ir à polícia, na quarta-feira, prestar depoimento. A meu ver, a eleição dela é uma tremenda incoerência, já que foi exatamente esse o motivo alegado por Rivelino para deixar o cargo.

A política, realmente, é uma coisa abjeta! 

A Câmara Municipal de Jales volta a se reunir hoje, a partir das 18:30 horas, em mais uma sessão ordinária. Na pauta, consta apenas um projeto de lei, mas, a bem da verdade, trata-se de um projeto interessante, de autoria do vereador Rivelino Rodrigues(PMDB), que faz alguns ajustes no Códigos de Posturas do Município, estabelecendo normas para rebaixamento de guias nas ruas e passeios públicos da cidade.

O outro item da pauta também diz respeito ao vereador Riva Rodrigues. Em função da renúncia dele ao cargo de 2º secretário da Mesa Diretora, a Câmara estará realizando nova eleição para escolher o substituto. Se os nossos vereadores tivessem um mínimo de pudor, ninguém aceitaria a incumbência de trabalhar ao lado do atual presidente.

Além dos dois citados itens da pauta, a Câmara também estará votando três requerimentos e oito – isso mesmo, oito – moções de aplausos, a maioria delas de autoria do presidente Luiz Henrique Macetão(PSD). Nem mesmo o ex-vereador Jediel Zacarias, em seus áureos tempos, conseguiria a proeza de apresentar tantas moções em apenas uma sessão.

Ah!, e na sessão de hoje deverão ser lidas as cartas de renúncia dos vereadores Pérola Cardoso(PT) e Luís Especiato(PT), que, em solidariedade ao Rivelino, estão deixando os cargos de vice-presidente e 1º secretário, respectivamente. O que implicará em mais eleições nas próximas sessões. 

Envolta em trapalhadas desde o final do ano passado, nossa Câmara prepara-se para encenar mais um capítulo rídiculo do pastelão “Todo mundo odeia o Macetão”. Tudo bem que o presidente seja um demagogo inveterado, mas a hipocrisia de nossos políticos – que já invadiu até a missa de domingo – está alcançando níveis insuportáveis.

Afinal, como pode uma Câmara que fechou os olhos aos desvios da merenda escolar se mostrar, agora, preocupada com almoços ou desjejuns? Macetão, sabe-se, foi alçado à presidência por conta da falta de diálogo. Os vereadores que o elegeram e os que não votaram nele  deveriam tê-lo enquadrado logo que ele começou a botar as manguinhas de fora, mas só fizeram barulho. 

Agora, tardiamente, querem ejetá-lo da poltrona presidencial utilizando-se do argumento hipócrita do zelo com o dinheiro público. Se fossem assim tão zelosos, estariam apurando responsabilidades sobre o precatório de R$ 700 mil que o município deve ao ECAD, fruto da imprudência do atual prefeito.  Nessa toada, vão acabar transformando um demagogo  compulsivo em mártir.  

Em sessão extraordinária realizada na noite desta sexta-feira, a Câmara de Mesópolis aprovou, com 5 votos  contrários e 4 favoráveis, o parecer do Tribunal de Contas do Estado(TCE), que recomendava a DESAPROVAÇÃO das contas anuais do prefeito Otávio Cianci, relativas ao exercício de 2009.

O amigo deve estar se perguntando: como o parecer do TCE pode ter sido aprovado se teve 5 votos contrários. Acontece que, para desaprovar o parecer, seriam necessários os votos de 2/3 da Câmara, isto é, 6 votos contrários. E os aliados do prefeito só conseguiram 5 votos.

Votaram pela aprovação do parecer e a desaprovação das contas, os vereadores Valdeir de Lima, Luiz Olimpio, João Britto e Lauvir Santos. Apenas o vereador João Britto discursou e condenou alguns argumentos utilizados pela defesa do prefeito junto ao Tribunal. Os advogados de Tavinho Cianci justificaram algumas despesas, alegando que o município teria sofrido uma “tromba d’água”, mas, segundo o vereador Britto, tal fato não aconteceu.

As contas do prefeito Tavinho Cianci, relativas ao exercício de 2006, também haviam sido reprovadas pelo Tribunal de Contas, mas, na Câmara, o prefeito virou o jogo e conseguiu a aprovação das mesmas. Desta vez, porém, faltou um votinho.

Lembram-se do deputado estadual Zico Prado(PT)? Depois das eleições de 2010, ele só voltou a Jales na ante-véspera do Natal de 2011, para participar do lançamento da pré-candidatura do vereador Luís Especiato(PT) à sucessão do nosso premiado estadista(foto ao lado). E ele tem bons motivos para não voltar a Jales, onde o prefeito petista encheu a sacada de sua residência com cartazes da tucana Analice Fernandes, nas eleições de 2010.

Pois bem, na segunda-feira, enquanto nosso prefeito comemorava, na Europa, o sucesso da Facip 2012, o deputado veio a Fernandópolis participar da entrega de mais uma ambulância zero quilômetro ao prefeito Luiz Vilar(DEM). Reparem bem: DEM, o arqui-rival do PT. A ambulância foi adquirida com recursos de uma emenda parlamentar de Zico Prado.

Diz a notícia que a ambulância é semelhante às do SAMU e transporta até oito pessoas. Será a maior ambulância da Secretaria Municipal de Saúde de Fernandópolis, já que as demais só transportam, no máximo, quatro pessoas. E para a Prefeitura de Jales, administrada por um “companheiro”, o que estará reservando o deputado Zico Prado? Que eu saiba, nada!

O amigo Chico Melfi enviou, via e-mail, a foto acima, que é do dia 1° de maio de 1978 e mostra dois futuros presidentes do Brasil – Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva – distribuindo panfletos na porta de uma montadora de carros, em São Bernardo do Campo.

Na época, Fernando Henrique era candidato a senador, por uma sublegenda do PMDB, e teve Lula como seu cabo eleitoral, entre os trabalhadores. Alguns dias depois, Lula comandou a primeira greve operária após a edição do famigerado AI-5. Na manhã do dia 12 de maio de 1978, cerca de 3.000 metalúrgicos da Scania entraram na fábrica, mas não ligaram as máquinas.

Em 1979, nova greve, dessa vez, uma greve geral que levou 80.000 trabalhadores ao estádio da Vila Euclides, em São Bernardo do Campo. De acordo com o sindicato, 113 mil trabalhadores cruzaram os braços em São Bernardo e Diadema, mais 47 mil em Santo André e região e outros 25 mil de São Caetano. O governo de João Figueiredo endureceu, intervindo no sindicato e a greve acabou duas semanas mais tarde, sem conquistas.

Em fevereiro de 1980, na esteira do reforma partidária aprovada pelo Congresso, Lula fundou o Partido dos Trabalhadores(PT). Menos de dois meses depois, comandava outra greve em São Bernardo, que durou 41 dias e – não obstante o apoio de grante parte da sociedade e de políticos – foi duramente reprimida e terminou com Lula preso e afastado do sindicato.

A notícia é do portal Terra:

Uma cassação no município piauiense de Coivaras, a 68 km de Teresina, elevou uma professora aposentada à vaga na Câmara Municipal como vereadora de um único voto. Constância Melo Carvalho (PMDB), 79 anos, tomou posse após o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) cassar o mandato da vereadora Raimunda Costa dos Santos (PSDB) por infidelidade partidária. Ao tomar posse, Constância disse que chegou à Câmara devido a um “chamado de Deus”.

A posse de Constância Carvalho, na semana passada, chamou a atenção dos moradores. A vereadora disse que tinha registrado candidatura em 2008, mas desistiu na véspera, devido à morte do único filho, de 48 anos, vítima de câncer. Ele era seu coordenador de campanha. “Quando meu filho morreu, eu me desiludi com a política e pedi para que ninguém votasse em mim. Quando fui votar disse: ‘Não vou ser besta, vou votar em mim por causa da legenda do partido. E não é que deu certo?'”, disse Constância.

Evangélica “desde os dois anos de idade”, Constância atribuiu o “impulso” do seu voto a um “chamado de Deus”. Ela, que é filiada ao PMDB há 14 anos, disse que vai trabalhar para construir uma Casa do Idoso e providenciar calçamento para a cidade. Sobre reeleição, disse que não sabe se vai disputar as eleições de outubro. Coivaras tem 3.398 habitantes e foi emancipada em 1993. A Câmara possui nove vereadores.

A história da aposentada se repete no Piauí. Em 2008, uma suplente de vereador de Pau d’Arco do Piauí que teve apenas um voto na eleição de 2004 tomou posse na Câmara Municipal. A vereadora Carmem Lucia Portela Santos (PSB) assumiu após o vereador Miguel Nascimento ter sido cassado pela Justiça Eleitoral.

Na manhã chuvosa desta segunda-feira, encontrei um dirigente do PTB local, em uma padaria da cidade. Ele me garantiu ser totalmente fora de propósito essa estória de a petebista Nice Mistilides aceitar ser vice deste ou daquele candidato. “Quem tem votos é a Nice; não faria sentido ela abrir mão de sua candidatura prá ser vice de alguém que está lá embaixo nas pesquisas“, alegou o petebista.

Com efeito, Nice – ao lado do pré-candidato do DEM, Flá Prandi – estaria liderando “todas as pesquisas idôneas feitas nos últimos três meses”, segundo o Jornal de Jales. Resta saber se o PTB, que, por enquanto, está sozinho, conseguirá oferecer à sua candidata toda a estrutura e retaguarda que ela precisará ao longo da campanha.