Parece que Ribeirão Preto está mesmo na moda! Neste sábado, tivemos duas interessantes matérias jornalísticas envolvendo o ministro da Agricultura, Wagner Rossi. A primeira é da Veja, com acusações sobre multiplicação de patrimônio. Para ilustrar a matéria e reforçar as acusações, a Veja mostrou a casa do ministro, em Ribeirão Preto-SP, avaliada em R$ 9 milhões. Abaixo, a casa e um trecho da matéria:

Amigo há 50 anos e leal servidor do vice-presidente Michel Temer, Wagner Rossi entrou para a política em 1982, quando concorreu pela primeira-vez a deputado federal. Até então, levava uma vida modesta de professor universitário. Morava em uma casa de classe média em Ribeirão Preto, tinha uma Kombi, uma Belina e um Fusca Laranja, com o qual fez a campanha. “Ele não tinha dinheiro nem para bancar os santinhos”, lembra João Gilberto Sampaio, ex-prefeito de Ribeirão Preto. Depois de dois mandatos como deputado estadual, dois como deputado federal, a presidência da Codesp, da Conab e dois anos como ministro (funções cujo salário máximo é de 26 mil reais), sua ascensão patrimonial impressiona.
O homem do fusca laranja e sua família são, hoje, proprietários de empresas, emissoras de rádios, casas e fazendas. Wagner Rossi mora numa das casas mais espetaculares de Ribeirão Preto, no alto de uma colina, cercada por um bosque luxuriante, numa área de 400 mil metros quadrados. Adquirida em 1996, quando ele era deputado, a mansão é avaliada hoje em 9 milhões de reais. Tudo, nas palavras do ministro, conquistado com o esforço de 50 anos de trabalho e uma herança recebida.
A matéria completa da Veja pode ser lida aqui. Já a outra matéria é do portal Brasil Atual, onde o ministro se defende e acusa a Veja de praticar assassinato de reputação. Vamos ao que saiu no Brasil Atual:
O ministro da Agricultura, Wagner Rossi, emitiu comunicado neste sábado (13) lamentando o jornalismo praticado pela revista Veja, da editora Abril, e desmentindo as novas acusações publicadas contra si.
“Isso não é jornalismo. É assassinato de reputação. Vou pedir à Justiça o direito de resposta”, afirma o integrante do PMDB na nota. Ele diz haver sido procurado pela publicação nas últimas quinta e sexta-feiras. “Todas as perguntas enviadas a mim na quinta-feira foram respondidas em menos de 24 horas. Nada, porém, foi aproveitado por repórteres e editores.”
É a terceira semana seguida em que a revista investe em denúncias contra Rossi. A primeira foi feita por Oscar Jucá Neto, irmão do líder do governo no Senado, Romero Jucá, que acusou haver um esquema de irregularidades dentro da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o que resultou na demissão do secretário-executivo do ministério, Milton Ortolan. Esta semana, Rossi esteve no Congresso para explicar a situação da Agricultura, e recebeu o apoio de seus colegas de partido.
Agora, Veja se debruça sobre o patrimônio pessoal de Rossi para assegurar que o ministro tem uma vida repleta de irregularidades. No comunicado, o peemedebista se defende, garantindo que não cometeu desvios nas passagens pela Conab e pela Companhia Docas de São Paulo (Codesp). Ele acredita que fere o bom senso a acusação de que cobrou R$ 2 milhões de propina em um contrato no valor de R$ 2,9 mi. “Pior. É lançada sem qualquer prova ou indício de materialidade”, defende-se, lamentando que a publicação se baseie unicamente na declaração de um funcionário demitido.
“Essa é mais uma campanha orquestrada com interesses políticos. Não querem apenas desconstruir minha credibilidade ou acabar com minha imagem, mas destruir a aliança política vitoriosa nas urnas em outubro do ano passado”, conclui.