OS ALCKIMISTAS ESTÃO CHEGANDO
A disputa interna no ninho das aves de bico grande já começou. A notícia é do portal Terra:
A eleição da nova cúpula do PSDB de São Paulo, realizada no domingo, marcou o início da ofensiva dos tucanos paulistas pela candidatura do governador Geraldo Alckmin à Presidência em 2018, segundo informações publicadas nesta segunda-feira pelo jornal Folha de S.Paulo.
Atualmente, o governador de São Paulo divide o posto de presidenciável tucano com o senador Aécio Neves, que perdeu para presidente Dilma Rousseff por uma margem apertada no ano passado.
O deputado estadual Pedro Tobias, novo presidente estadual sigla, afirmou à Folha que Alckmin “é o nosso candidato ao Planalto”, ressaltando que o trabalho para a candidatura já começou. Tobias disse que marcará reuniões com dirigentes de outros Estados para defender o nome do governador.
O presidente do partido em São Paulo disse que São Paulo foi mais importante do que Minas para o resultado obtido por Aécio na eleição de 2014. Além disso, lembrou que apoiou a candidatura de Aécio em 2014, ressaltando que o senador “entenderá o movimento do Estados”.
REVISTA ÉPOCA TIRA DO AR NOTÍCIA SOBRE DOAÇÕES A INSTITUTO DE FERNANDO HENRIQUE
Órgãos da imprensa tupiniquim e alguns comentaristas políticos estão falando das doações da Camargo Correa ao Instituto Lula – algo que a Folha de S.Paulo já noticiou em 2011 – como se isso fosse uma grande novidade. Como se trata de Lula, mais do que uma grande novidade, as doações – que, por sinal, constam da contabilidade oficial da empresa – estão sendo vistas como um quase-crime.
Entre 2008 e 2013, a Camargo Correa doou quase R$ 190 milhões a 42 empresas e ONG’s, mas a imprensa e os comentaristas agourentos só se interessam pelos R$ 3 milhões doados ao Instituto Lula.
Para essa parte da imprensa, não interessa os R$ 7 milhões doados ao Instituto Fernando Henrique por um pool de empresários poderosos, inclusive da Camargo Correa. Com a diferença de que FHC correu o chapéu em 2002, antes mesmo de deixar a presidência, em um jantar no Palácio do Planalto, pago com dinheiro público.
Essa parte da imprensa também não dá nenhum destaque ao fato de a Sabesp ter doado R$ 500 mil ao Instituto FHC. Nem tampouco ao fato de o mesmo Instituto FHC ter um projeto aprovado pelo Ministério da Cultura em 2006 – já no governo Lula, portanto – que lhe abriu um crédito de R$ 10 milhões para captação de recursos com base na Lei Rouanet.
Vejam, por exemplo, o caso da revista Época, do grupo Globo. No final de semana, tentando esconder algo que já é conhecido de muita gente, a revista tirou do ar uma notícia que estava disponível desde 2002, sobre as doações ao Instituto FHC.
O curioso é que, naquela ocasião, a revista, que desaprova as doações feitas ao Instituto Lula, não se escandalizou nem um pouco com as doações obtidas por FHC. Muito ao contrário, a Época, aparentemente, viu até um certo glamour na corrida de chapéu do então presidente. Vejam um trecho da notícia de 2002, que a Época está tentando “apagar”:
Foi uma noite de gala. Na segunda-feira, o presidente Fernando Henrique Cardoso reuniu 12 dos maiores empresários do país para um jantar no Palácio da Alvorada, regado a vinho francês Château Pavie, de Saint Émilion (US$ 150 a garrafa, nos restaurantes de Brasília).
Durante as quase três horas em que saborearam o cardápio preparado pela chef Roberta Sudbrack – ravióli de aspargos, seguido de foie gras, perdiz acompanhada de penne e alcachofra e rabanada de frutas vermelhas -, FHC aproveitou para passar o chapéu. Após uma rápida discussão sobre valores, os 12 comensais do presidente se comprometeram a fazer uma doação conjunta de R$ 7 milhões à ONG que Fernando Henrique Cardoso passará a presidir assim que deixar o Planalto em janeiro e levará seu nome: Instituto Fernando Henrique Cardoso (IFHC).
O dinheiro fará parte de um fundo que financiará palestras, cursos, viagens ao Exterior do futuro ex-presidente e servirá também para trazer ao Brasil convidados estrangeiros ilustres. O instituto seguirá o modelo da ONG criada pelo ex-presidente americano Bill Clinton. Os empresários foram selecionados pelo velho e leal amigo, Jovelino Mineiro, sócio dos filhos do presidente na fazenda de Buritis, em Minas Gerais, e boa parte deles termina a era FHC melhor do que começou.
SOBRE A VERSÃO DE CALLADO PARA A LICITAÇÃO DOS RADARES
O repórter Alexandre Ribeiro, o Carioca, de A Tribuna, enviou comentário a respeito da licitação realizada pela Prefeitura de Jales, visando o aluguel de radares móveis.
O Carioca contesta a informação veiculada no Jornal de Jales, de ontem, onde o prefeito afirma que a licitação teria sido feita apenas por precaução, ou seja, para o caso de haver necessidade da utilização dos radares. Eis o comentário:
Bom dia, Cardosinho. A imprensa de Jales, às vezes, presta um grande desserviço à nossa população. Não esclarece o que a população precisa saber e fica apenas na politicagem ou na baixa concorrência. Uma triste realidade.
Endossa teorias político-administrativas fantasiosas, em detrimento da boa informação ao seu público.
Fui eu que fiz a matéria do radar publicada n’A Tribuna, na semana passada. A verdade é que a ideia do radar móvel foi do secretário José Magalhães Rocha, que nos informou que o aparelho ficaria instalado nas proximidades do Hospital de Câncer.Ou seja, a Secretaria Municipal de Planejamento, Desenvolvimento e Trânsito PRETENDIA INSTALAR RADAR MÓVEL SIM, SENHOR. Quando eu conversei com o prefeito sobre o assunto na sexta-feira, dia 5, ele NÃO SABIA DO RADAR. Deve ter ficado sabendo pelas páginas do jornal e resolveu descartar o equipamento PARA EVITAR DESGASTE POLÍTICO (COM RAZÃO).
Seria mais bonito e honesto ele vir a público e admitir que não sabia, que o secretário não o consultou e que o secretário tinha se precipitado. Cá entre nós, dizer que fez uma licitação apenas de mentirinha não é uma argumentação pra gente inteligente. E um jornal ou uma rádio que “compra” essa informação e divulga pros seus leitores/ouvintes presta um desserviço à população ao divulgar uma fantasia IMPOSSÍVEL de acreditar.