EM JALES, CAMINHONEIRO PEDE INTERVENÇÃO MILITAR. EM BRASÍLIA, TEMER ANUNCIA USO DE MILITARES CONTRA CAMINHONEIROS
A foto acima mostra a faixa estendida em um dos caminhões que participam dos protestos na rodovia “Elyeser Montenegro Magalhães”, aqui em Jales. Como se vê, ela pede “intervenção militar já”.
Intervenção à parte, um amigo deste blogueiro disse que foi a São José do Rio Preto hoje e, segundo ele, o bloqueio que ocorre em Jales é o maior da região. Ele confirmou ter visto bloqueios em Votuporanga, Fernandópolis, etc, mas nenhum deles está reunindo tantos caminhões como em Jales.
Maior, e talvez o mais organizado. Até banheiros químicos estão sendo disponibilizados aos caminhoneiros. Uma empresa de Jales – a Ledir Banheiros Químicos – se solidarizou com o movimento dos caminhoneiros e emprestou alguns banheiros, até porque, o bloqueio inclui também mulheres, solidárias com seus maridos, e crianças.
Vamos, agora, às novidades de Brasília, onde o presidente golpista Michel Temer assinou um decreto, nesta sexta-feira, que autoriza o uso das forças militares contra a greve dos caminhoneiros. A charge é do Pelicano:
De acordo com pronunciamento do presidente da República, Michel Temer, na manhã desta sexta-feira (25/5), as forças federais – entre elas, a Marinha, o Exército e a Aeronáutica – serão acionadas a fim de obrigar os caminhoneiros a encerrarem a greve que paralisa o país pelo quinto dia consecutivo. Segundo afirmou o chefe do Executivo nacional, a medida será imediata e visa “implantar o plano de segurança para combater os graves efeitos de desabastecimento causados por essa paralisação”. A declaração foi dada em tom duro.
Além de autorizar o uso de força militar no âmbito federal, Temer pediu para aos governadores para fazer o mesmo em seus estados. “O governo espera e confia que cada caminhoneiro cumpra o seu papel. Tivemos, como sempre, a coragem de dialogar. Agora, vamos exercer a autoridade em prol do povo brasileiro”, discursou.
A fala oficial do presidente ocorre no quinto dia de protestos que causam desabastecimentos em praticamente todos os setores da economia. Antes de anunciar a medida de colocar o Exército nas ruas, Temer afirmou ter atendido a 12 reivindicações prioritárias dos caminhoneiros.
“Esse foi o compromisso conjunto. Deveria ter sido o resultado do diálogo. Muitos caminhoneiros, aliás, estão fazendo sua parte, mas, infelizmente, uma minoria radical tem bloqueado estradas e impedido que muitos deles levem adiante o desejo de atender à população e fazer os seus trabalhos”, declarou o presidente.