OPERAÇÃO TAPA-BURACOS DA PREFEITURA COMEÇA HOJE
Até que enfim, a prometida operação tapa-buracos que a Prefeitura pretende fazer em algumas ruas e avenidas da cidade vai ter início. Na verdade, estava tudo programado para começar no sábado, 21, mas o tempo chuvoso impediu.
Segundo informações do secretário municipal de Obras, Manoel Andreo de Aro, a operação terá duas equipes trabalhando. Uma delas vai iniciar os serviços pela Marginal “Airton Senna” – a da foto acima – que passa ao lado do Proença Supermercados. Depois, segue pela Avenida “João Amadeu”, principal entrada da cidade.
Uma outra equipe da Prefeitura vai atacar os buracos da Avenida “Lourival de Souza” – foto ao lado – e de algumas ruas dos bairros Jardim Arapuã e Jardim Alvorada. Os leitores mais apressados já devem estar se perguntando: mas, por que começar por esses locais, que nem são tão movimentados assim?
A explicação é simples: os citados locais serão recapeados com recursos do governo federal, intermediados pelos vereadores petistas Luís Rosalino e Pérola Cardoso, junto ao deputado federal Vicente Cândido(PT), mas, para que a empresa contratada possa iniciar o recapeamento, a Prefeitura terá que, antes, tapar os buracos.
Convém esclarecer, ainda, que os quase R$ 600 mil em materiais, adquiridos pela Prefeitura, não serão suficientes para tapar todos os buracos da cidade, que são muitos. Por isso, a Secretaria de Obras deverá priorizar as ruas e avenidas mais movimentadas.
OUTRA FRASE
“Eu seria um medalhão, uma figura espaçosa e midiática ali. Seria apenas uma estampa fazendo um papel neste momento em que há um governo que não prestigiou a mulher”.
(Da apresentadora Marília Gabriela, explicando porque não aceitou o convite de Temer para chefiar a ex-futura Secretaria de Cultura. Além dela, outras quatro mulheres, inclusive Daniela Mercury, recusaram o convite).
A ALEGRE RECEPÇÃO AO MINISTRO JOSÉ SERRA EM BUENOS AIRES
A primeira viagem do novo ministro das Relações Exteriores, José Serra, foi à Argentina, único país sul-americano que já reconheceu o governo Michel Temer. Bolinhas de papel – em referência àquele famoso episódio – fizeram parte da recepção, ontem à noite, ao ministro preferido do urubólogo Alexandre Garcia. Vejam o vídeo:
FRASE
“Novo Governo não tem uma semana e já traz a semente de um escândalo”
(A frase está em matéria da revista americana TIME. Ela não se refere às conversas entre Jucá e Machado, mas às conversas entre José Serra e uma diretora da Chevron – empresa americana do ramo petrolífero – captadas no WikiLeaks).
GRAVAÇÃO DE ROMERO JUCÁ SUGERE ESQUEMA PARA DERRUBAR DILMA E PARAR LAVA JATO
A notícia original é da Folha de S.Paulo (aqui), mas, como reproduzir matérias da Folha é algo complicado, estou reproduzindo o que saiu no Brasil 247:
Em diálogos gravados em março passado, o ministro do Planejamento, senador licenciado Romero Jucá (PMDB-RR) sugeriu ao ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado que uma “mudança” no governo federal resultaria em um pacto para “estancar a sangria” representada pela Operação Lava Jato, que investiga ambos.
Segundo reportagem de Rubens Valente, as conversas, que estão em poder da PGR (Procuradoria-Geral da República), ocorreram semanas antes da votação na Câmara que desencadeou o impeachment da presidente Dilma Rousseff.
Machado se mostrou preocupado com o envio do seu caso para a PF de Curitiba e chegou a fazer ameaças: “Aí fodeu. Aí fodeu para todo mundo. Como montar uma estrutura para evitar que eu ‘desça’? Se eu ‘descer’…”.
O atual ministro afirmou que seria necessária uma resposta política: “Se é político, como é a política? Tem que resolver essa porra. Tem que mudar o governo para estancar essa sangria“, diz Jucá. Ele acrescentou que um eventual governo Michel Temer deveria construir um pacto nacional “com o Supremo, com tudo“. Machado disse: “aí parava tudo“.
Segundo Jucá, “ministros do Supremo” teriam relacionado a saída de Dilma ao fim das pressões da imprensa e de outros setores pela continuidade das investigações da Lava Jato. O ministro do Planejamento afirmou que tem “poucos caras ali [no STF]” ao quais não tem acesso e um deles seria o ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato no tribunal, a quem classificou de “um cara fechado“.
O atual ministro concordou que o envio do processo para o juiz Sérgio Moro não seria uma boa opção e o chamou de “uma Torre de Londres“, em referência ao castelo da Inglaterra em que ocorreram torturas e execuções entre os séculos 15 e 16. Segundo ele, os suspeitos eram enviados para lá “para o cara confessar“.
Na conversa, eles dizem que o único empecilho no pacto era o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), porque odiaria Cunha. “Só Renan que está contra essa porra. ‘Porque não gosta do Michel, porque o Michel é Eduardo Cunha’. Gente, esquece o Eduardo Cunha. O Eduardo Cunha está morto, porra”, afirma Jucá no diálogo, que foi gravado.
“O Renan reage à solução do Michel. Porra, o Michel, é uma solução que a gente pode, antes de resolver, negociar como é que vai ser. ‘Michel, vem cá, é isso e isso, isso, vai ser assim, as reformas são essas’“, disse Jucá ao ex-presidente da Transpetro.
O advogado do ministro do Planejamento, Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, afirmou que seu cliente “jamais pensaria em fazer qualquer interferência” na Lava Jato e que as conversas não contêm ilegalidades.
COM MEDO DE MANIFESTAÇÃO EM SÃO PAULO, TEMER ANTECIPA VOLTA A BRASÍLIA
O presidente interino Michel Temer está há 11 dias no poder e até agora não participou de nenhum evento público, com medo de vaias. Ele chegou a cancelar sua participação em uma inauguração no Rio de Janeiro.
Na Paraíba, Romário e Tiririca foram almoçar em um restaurante, depois de participarem de um evento, e foram chamados de golpistas por boa parte da clientela. Já a presidenta Dilma foi recepcionada por cerca de 40.000 pessoas no sábado, em Belo Horizonte. Mas, vamos à notícia do Estadão:
A fim de evitar uma manifestação contra ele marcada para esse domingo em São Paulo, o presidente em exercício, Michel Temer, deixou sua residência, em Pinheiros, por volta de 14h50 e antecipou seu retorno para Brasília.
Um grupo de cerca de três mil manifestantes liderados por movimentos sociais seguiu há pouco em passeata rumo à casa do presidente em exercício, Michel Temer, no Alto de Pinheiros. Os manifestantes se concentraram no Largo da Batata, a cerca de três quilômetros da casa do peemedebista, desde o início da tarde de domingo, 22. Na concentração, os líderes discursaram e entoaram cantos e palavras de ordem contra o governo interino. Temer já retornou para Brasília há mais de uma hora e meia.
“O nosso objetivo chegar à casa dele. Acho curioso invocarem a Segurança Nacional para barrar os manifestantes. Fazia tempo que isso não acontecia”, disse ao Estado Guilherme Boulos, líder do MTST e um dos coordenadores da frente Povo Sem Medo. O ativista comentou que não há nada de especial na casa de Temer para que o povo não possa chegar perto dela.
A equipe de segurança de Temer determinou o fechamento do acesso das ruas próximas a casa dele, no Alto de Pinheiros. Os moradores da região que tentavam passar região eram informados de que se tratava de um “perímetro de Segurança Nacional”.
Um dos motivos do protesto, segundo Boulos, foi a decisão do governo interino de suspender novas contratações do programa Minha Casa, Minha Vida. “A primeira vítima desse governo que, nós não reconhecemos como legítimo, é o Minha Casa, Minha Vida. Cortaram 11.200 unidades contratadas e anunciaram a suspensão do programa”, disse Boulos.
Boulos disse que o MTST não vai permitir nenhum corte de recurso dos programas de moradias populares. “Quem lutou para ter a sua casa própria não vai permitir nenhum retrocesso”, afirmou. “Não tem arrego. Ou sai o Temer ou não vai ter sossego”, cantou o ativista do alto do caminhão de som.
Na opinião do ativista, o governo Temer mostrou “despreparo”. “O ministro das Cidades anunciou a suspensão, voltou atrás e depois veio o Geddel (Vieira Lima) e confirmou de novo”.
JORNAL DE JALES: INSTITUTO DE CRIMINALÍSTICA DE JALES CORRE O RISCO DE SER DESATIVADO POR FALTA DE FUNCIONÁRIOS
Eis a capa do Jornal de Jales deste domingo. Como se vê, a principal manchete é dedicada à política local, que começa a aquecer as turbinas. De acordo com o jornal, com o anúncio das pré-candidaturas do prefeito Pedro Callado(PSDB) e do ex-vereador Luís Especiato(PT), e a confirmação de Flávio Prandi(DEM), também como pré-candidato, a campanha eleitoral para a Prefeitura de Jales vai se definindo. Especiato diz confiar no contato direto com o eleitor para superar o desgaste sofrido – em nível nacional – pelo seu partido.
Outra matéria do jornal destaca a contratação, pela Prefeitura, de uma empresa especializada para fazer o serviço de nebulização contra o mosquito da dengue (e também da zika e da chikungunya), o famigerado Aedes. O trabalho está sendo feito pela empresa Guizzo Controle de Vetores e Pragas e tem o acompanhamento da equipe da Secretaria Municipal de Saúde e da Sucen. O contrato com a empresa, assinado em abril, tem validade por quatro meses.
As investigações da Delegacia da Mulher de Jales a respeito de denúncia de abuso contra uma criança; a pesquisa da Fatec Jales que mostra o potencial agroturístico de Santa Salete; as reclamações e a indignação da população contra os buracos, que estão sendo postadas nas redes sociais; a opinião da deputada (e enfermeira) Analice Fernandes sobre o ensino à distância para formação em Enfermagem; e o projeto ‘Roda Jornal’, desenvolvido na Escola Municipal Maria Olympia, com o objetivo de estimular o espírito crítico dos alunos, são outros assuntos do JJ.
Na coluna Fique Sabendo, o jornalista Deonel Rosa Júnior está informando que nada menos do que 07 dos 14 servidores do Instituto de Criminalística de Jales estão se aposentando graças a uma sentença favorável do Tribunal de Justiça de São Paulo. E não é só: outros três servidores também já tem tempo para aposentar, o que pode, segundo o jornalista, levar à desativação do Instituto local, que presta serviços a 19 municípios vinculados à Delegacia Seccional de Jales.
ESCRITOR FERNANDO MORAES RASGA FICHA DE FILIADO AO PMDB
O escritor Fernando Morais rasgou sua ficha de filiação no PMDB e anunciou sua desfiliação durante participação no ato Grito pela Democracia. O evento reuniu em São Paulo, neste sábado (21), intelectuais, artistas, lideranças sociais e políticas.
Outra personalidade a desfiliar-se do PMDB foi o jornalista Audálio Dantas. A notícia é da Rede Brasil Atual:
“Acabou!”, exclamou o jornalista e escritor Fernando Morais aos rasgar em público a sua ficha de filiação ao partido. Morais revelou que sua adesão foi abonada em 1974 pelo ex-deputado Airton Soares. “Na época, militávamos numa legenda democrática, generosa, que deu proteção a grupos políticos”, afirmou Morais. Entre 1964 e 1980, a ditadura impôs ao brasil um regime de bipartidarismo. A Arena reunia os apoiadores do regime, e o MDB funcionava como uma frente, abrigando de conservadores liberais a militantes de partidos clandestinos, como PCB e PCdoB.
Os principais expoentes do PMDB hoje são Michel Temer, Eduardo Cunha, Wellington Moreira Franco, Eliseu Padilha, Romero Jucá. São também os principais articuladores do golpe legislativo que afastou a presidenta Dilma Rousseff. E os principais condutores do governo interino a uma onda de retrocessos – políticos, sociais, institucionais – que põe em xeque a democracia brasileira.
O jornalista Audálio Dantas também anunciou sua desfiliação. “As conquistas que vieram das ruas não poderão ser eliminadas por um bando de aproveitadores. O povo brasileiro mais uma vez repele a tentativa de supressão de seus direitos e de sia liberdade”, disse o veterano jornalista, de 87 anos. Foi o primeiro presidente eleito por voto direto da Federação Nacional dos Jornalistas e chegou a ser eleito deputado federal pelo MDB nos anos 1970.