COMERCIANTE É FALSAMENTE APONTADO COMO TARADO EM BRINCADEIRA NO WHATSAPP
Vejam se isso não é coisa de imbecil. A notícia é do R7:
Um comerciante que alega ter sido vítima de uma brincadeira de mau gosto está com medo de sair de casa em Varginha, no sul de Minas. Ele teria sido falsamente acusado de ser tarado por um conhecido e teve uma foto divulgada no aplicativo de mensagens WhatsApp. Após isso, o boato teria se espalhado pelas redes sociais.
Segundo José Renato de Oliveira, o conhecido teria publicado a foto dele em um grupo de mensagens com o seguinte texto: “Esse homem está sendo procurado por abusar de mulheres indefesas pelas ruas. Ele dá carona e abusa delas, fiquem de olho e se verem ele por aí corram ou acionem as autoridades. Urgente”.
Oliveira comprou um smartphone há duas semanas e mal sabia mexer no aparelho quando amigos e conhecidos começaram a adicioná-lo em um aplicativo de troca de mensagens. Foi então que o comerciante teve acesso à publicação falsa e ficou indignado.
— Isso me chateou demais da conta. Eu coloco minha cabeça no travesseiro e não consigo esquecer aquilo.
Ainda segundo ele, a foto foi publicada em um grupo contendo 70 participantes e, sem saber se a informação era verdadeira, os usuários passaram a divulgar a imagem de Oliveira para outras pessoas e, rapidamente, o boato se espalhou pela cidade e até fora de casa.
— Eu tenho medo de, uma hora ou outra, uma pessoa chegar e me espancar ou me levar preso sem eu saber e sem entender nada.
SOBRE AS OPINIÕES DOS DESINFORMADOS
O escritor italiano Humberto Eco disse, há algum tempo, que as redes sociais deram voz a uma legião de imbecis. Acho “imbecil” um termo por demais pejorativo, ofensivo até. De modo que prefiro dizer que as redes sociais deram voz a uma legião de desinformados.
Hoje, no Antena Ligada, tivemos um exemplo. Em meio a críticas e dúvidas dos apresentadores quanto ao novo horário implantado pelo prefeito Pedro Callado em alguns setores da administração, um ouvinte enviou mensagem perguntando – quase afirmando – se não seria melhor cortar cargos comissionados, ao invés de diminuir horários.
A pergunta, lida no ar, ficou sem resposta, de modo a levar os demais desinformados a achar que o dono da mensagem está coberto de razão. Mas, não é bem assim.
Se o ouvinte tivesse se informado melhor, antes de dar seu pitaco via whats app, saberia que, dos 22 cargos de primeiro escalão da Prefeitura, apenas 11 estão ocupados, sendo quatro deles por servidores de carreira.
Das 10 secretarias, somente 07 (Planejamento, Saúde, Agricultura, Comunicação, Promoção Social, Obras e Esportes) tem secretários. Das 11 chefias de gabinete, apenas 03 (Finanças, Obras e Gabinete do Prefeito) estão ocupadas. Além desses, temos o cargo de Procurador Geral, que é ocupado por um advogado do quadro de carreira.
Também no segundo escalão existem cargos vagos, como, por exemplo, as gerências dos ESF’s. Ou seja, os cortes solicitados pelo ouvinte desinformado já estão sendo feitos.
Antes que algum desavisado lance comentários raivosos, me acusando de estar “defendendo” o governo Callado, já adianto que não se trata disso. Não nutro simpatia por governos tucanos.
Trata-se apenas de tentar manter minimamente informados os prezados leitores e as distintas leitoras, uma vez que me incomoda a desinformação e as opiniões quase sempre equivocadas dos desinformados.
FRASE
“Quem quer tirar por corrupção a Dilma são Renan Calheiros, Eduardo Cunha e Aecio Neves, três políticos comprovadamente corruptos. É como querer limpar o chão com bosta.”
(Do ator, escritor e humorista Gregório Duvivier, em entrevista a uma emissora de TV de Portugal)
JORNAL DE JALES: CHANCES DE CALLADO MUDAR DE PARTIDO DIMINUEM
Eis a capa do Jornal de Jales deste domingo, que está destacando a participação feminina na Feira da Uva e do Mel realizada na semana passada. De acordo com o jornal, além de serem ampla maioria na educação, as mulheres de Jales conquistaram um grande espaço na viticultura e, como reflexo disso, levaram 35% das premiações da Feira deste ano.
Matéria do jornalista Luiz Ramires informa que a Prefeitura de Jales está contratando uma empresa para realizar trabalho de investigação junto aos beneficiários do Bolsa Família, para evitar fraudes. A notícia diz, também, que as pessoas que se cadastraram nos últimos três meses ainda não começaram a receber o benefício.
O jogo que trouxe alguns ex-jogadores da seleção brasileira de futebol a Jales, no domingo passado; o novo horário de expediente da Prefeitura; os eventos sobre computação, realizados pela Fatec e pela Unijales; e as chuvas deste início de setembro, são outros assuntos do JJ.
Na coluna Fique Sabendo, o jornalista Deonel Rosa Júnior está informando que as possibilidades de o prefeito Pedro Callado deixar o PSDB e ingressar no PSD estão ficando cada vez menores a cada dia que passa. A redução dos investimentos do programa Minha Casa Minha Vida, que está vinculado ao cacique do PSD, ministro Gilberto Kassab, parece ter desanimado Callado.
PROTESTO EM ALAGOAS: PREFEITOS VÃO MANTER PREFEITURAS FECHADAS POR UMA SEMANA
Pelo menos 66 dos 102 municípios alagoanos deverão manter as portas de suas sedes administrativas fechadas durante toda a próxima semana, em protesto contra uma queda de 38% no valor do FPM repassado pelo governo federal.
O prefeito tucano de Pão de Açúcar, Jorge Dantas, foi um dos maiores defensores do fechamento. As notícias não informam se o prefeito alagoano de Viçosa, Flaubert Filho(PROS), acusado de desviar R$ 1 milhão da Previdência Municipal, também aderiu ao protesto.
Detalhe: a queda de 38% no FPM que os prefeitos alagoanos mencionam refere-se apenas à 1ª parcela de setembro, repassada na quinta-feira, 10. A queda na primeira parcela de setembro é verdadeira. Mas o FPM repassado às prefeituras alagoanas nos sete primeiros meses do ano teve, na realidade, um razoável aumento.
Pão de Açúcar, a cidade do prefeito tucano, por exemplo, recebeu R$ 8,6 milhões de janeiro a julho deste ano. Esse valor representa um aumento de 10% em relação aos R$ 7,8 milhões repassados de janeiro a julho do ano passado (estou citando somente os primeiros sete meses porque o Portal da Transparência ainda não disponibilizou os valores de agosto).
O município de Pão de Açúcar, do prefeito tucano, possui, segundo a última estimativa do IBGE, 24.878 habitantes. E recebeu, como já citei, R$ 8,6 milhões em sete meses de 2015. No mesmo período, Jales, que possui o dobro de habitantes, recebeu R$ 11,1 milhões, apenas 30% a mais que a cidade alagoana.
Acho que os prefeitos paulistas teriam muito mais motivos para reclamar. De qualquer forma, vamos à notícia do Alagoas 247:
Em assembleia realizada na tarde desta sexta-feira (11), 66 gestores decidiram fechar as prefeituras que administram, durante toda a próxima semana, em protesto contra a queda de 38% do FPM, o Fundo de Participação dos Municípios, que representa uma das principais fontes de arrecadação das cidades alagoanas. Contudo, os prefeitos garantem que os serviços de Educação e Saúde não irão sofrer prejuízos. Em Maceió e Arapiraca, as paralisações vão ocorrer somente na sexta-feira (18).
A ideia dos gestores é mostrar à população que a crise não é algo exclusivo de apenas uma ou duas cidades, mas, sim, uma realidade presente em várias municípios. Com o discurso de ‘quebradeira geral, os prefeitos desejam mostrar unidade frente à recorrente queda dos repasses oriundos do FPM, sobretudo neste mês de setembro. Eles também responsabilizam a presidente Dilma Rousseff (PT) pelo atual momento de dificuldade do país.
A proposta de fechamento das sede das prefeituras e das secretarias municipais foi apresentada aos gestores pelo prefeito de Pão de Açúcar, Jorge Dantas (PSDB). Dantas justificou que o governo federal ‘não está antenado com o momento de turbulência que os municípios enfrentam’. Ele chegou a propor o fechamento de hospitais e unidades de emergência, mas a maioria rejeitou.
Na oportunidade, a prefeita de Mar Vermelho, Juliana Almeida (PMDB), destacou a necessidade de os gestores refletirem um pouco melhor sobre a suspensão dos serviços. Ela argumentou que o prefeito não faz greve e que a população costuma enxergar, no gestor municipal, o papel do estado. O apelo, porém, não surtiu efeito entre os colegas gestores.
Já a prefeita da segunda maior cidade de Alagoas também se mostrou contrária à paralisação. Célia Rocha (PTB) argumentou que a ‘greve’ não vai atingir o objetivo de chamar a atenção da população, pois, tal medida, segundo ela, comprometeria ainda mais as receitas do município de Arapiraca.
“Vamos punir quem não tem poder para resolver nada. Vamos a Brasília para cobrar da presidente Dilma Rousseff e da bancada federal. Só eles podem nos ajudar neste momento de crise. Da maneira que está não pode continuar”, sustentou Célia Rocha.