MINISTÉRIO PÚBLICO INVESTIGA GASTOS DA PREFEITURA DE JALES COM PUBLICIDADE
O Ministério Público de Jales abriu um inquérito civil (116/11) e, por conta disso, está solicitando à Prefeitura cópia completa do processo licitatório, realizado em 2008, que resultou na contratação da Agência de Publicidade “Raízes Produções, Pesquisas e Marketing Ltda”, do jornalista Deonel Rosa Júnior.
Estive ontem, à tardinha, no Forum para obter mais informações sobre o inquérito, mas o promotor que cuida do caso não se encontrava. Não creio, no entanto, que seja o caso de o nosso prefeito ir à imprensa dizer que se trata de mais uma perseguição. Tudo indica que, dessa vez, o Ministério Público esteja apenas cumprindo alguma recomendação do Tribunal de Contas do Estado.
Segundo consta, a auditoria feita pelos técnicos do Tribunal, nas contas de 2008, teria apontado irregularidades nos gastos com publicidade. A Lei de Responsabilidade Fiscal estabelece que, em anos eleitorais, os entes públicos não podem investir, em publicidade, mais do que a média de gastos verificada nos três anos anteriores. O espírito da regra é impedir que o administrador se utilize da publicidade oficial para reeleger-se ou eleger seu sucessor. E, pelo que o Tribunal teria apurado, Parini gastou mais que a tal média, em 2008, ano em que reelegeu-se.
Muito a contragosto, sou obrigado a dizer aos prezados visitantes deste blog que, desta vez, é bastante provável que o prefeito Parini não tenha muita culpa em Cartório. Prá que vocês tenham uma idéia, o contrato assinado com a Raizes Ltda, em 30/05/2008, tinha o valor de R$ 150 mil. Parini gastou, naquele ano, apenas R$ 41.515,57. E, ainda por cima, boa parte desse valor foi gasto depois das eleições, o que, evidentemente, não contraria o espírito da lei.
Particularmente, acho que o Tribunal de Contas deveria ocupar o tempo do Ministério Público com assuntos mais importantes.