Blog do Cardosinho

De vez em quando, alguém pergunta o que foi feito das pedras petit-pavé (pronuncia-se peti pavê e significa, basicamente, pequento pavimento)  retiradas do centro da cidade e substituídas por aquele famoso tijolinho vermelho. No ano passado, o ex-secretário Antonio Marcos Miranda chegou a registrar, na polícia, um Boletim de Ocorrências, por conta da suspeita de que as pedras estariam sendo comercializadas pela empresa responsável pela obra, a Construtora Miranda & Alves Ltda. Diante da iniciativa do ex-secretário, que, apesar do sobrenome, não tem nada a ver com a empresa, parece que as pedras foram encaminhadas ao almoxarifado municipal e o BO foi devidamente arquivado. Não se pode afirmar, com certeza, que as pedras estejam todas no almoxarifado, mas, pelo menos uma parte delas pode ser vista nas fotos abaixo. Reparem bem como elas estão bem “armazenadas”:

Pois é, acabo de ler no site Região Noroeste que o prefeito de Fernandópolis, Luiz Villar(DEM), deve assinar, nas próximas semanas, um convênio federal que viabilizará recursos do PAC2, no valor de R$ 26 milhões, para investimentos em obras de infra-estrutura. Há algum tempo, Olímpia, Birigui, Araçatuba e outras cidades também anunciaram grandes convênios através do PAC2.

E quanto a Jales? Que eu saiba, prá Jales não há nada. Nem mesmo uma crechezinha. Mais de 800 cidades já ganharam creches em 2011, menos Jales, que é administrada pelo PT, o mesmo partido do governo federal. E o governo federal tem culpa? Claro que não! Jales, que poderia estar recuperando o tempo perdido por outras administrações, é, mais uma vez, vítima da incompetência de seus governantes, principalmente o prefeito. O ex-presidente Lula cansou de dizer que o governo tem dinheiro, basta que as prefeituras apresentem projetos bem elaborados, mas, até onde se sabe, o único projeto do nosso prefeito é aquele dos viadutos.

Um dia desses, ouvi o prefeito falando no rádio sobre o problema das galerias da Avenida João Amadeu. Segundo ele, trata-se de uma obra muito cara e blá, blá, blá, blá. Que é uma obra cara todo mundo sabe, mas será que o prefeito, depois de seis anos no poder, ao menos providenciou um projeto e o encaminhou para inclusão num desses PACs da vida? Duvido!

Se depender do nosso acomodado prefeito, Jales não vai conseguir muita coisa nos próximos 18 meses, pois ele prefere esperar que as coisas lhe caiam no colo, como no caso do Hospital do Câncer, da Fatec, da Estrada da Uva e outros. No máximo, se Deus e o pessoal da Demop ajudar, Parini vai conseguir alguma coisa prá recapear ruas esburacadas. Não esperem muita coisa a mais do que isso.

Como já dissemos em um post anterior, o prefeito Humberto Parini está pedindo autorização à Câmara para vender alguns terrenos da Prefeitura – como esse da foto, que fica na Rua João Valente, no Jardim das Palmeiras – sob a alegação de que vai aplicar o dinheiro nos nossos Distritos Industriais, os quais, por sinal, só foram lembrados pelo atual prefeito durante suas campanhas eleitorais.

Se você é daquelas pessoas que não acredita em Papai Noel, já deve estar imaginando o que vai acontecer: quando o dinheiro – cerca de R$ 500 mil, se todos os terrenos forem vendidos – pintar nas contas da Prefeitura, o prefeito já terá esquecido de sua promessa e os Distritos Industriais vão continuar exatamente como estão. Mas isso é um problema que fica prá depois. E, caso o prezado leitor tenha algum dinheiro sobrando para investir, aí vai a relação dos lotes e o valor mínimo de cada um:  

Definitivamente, daqui a alguns dias não restará mais nada na antiga Praça do Jacaré que lembre o seu mais ilustre personagem, o jacaré da Praça. Como se sabe, no ano passado, só porque a Prefeitura estava alimentando o bichinho com uma dieta à base de repolho e outras verduras, a Polícia Ambiental de Jales, em evidente “retaliação” ao prefeito Humberto Parini, tratou de transferir o jacaré para Araçatuba, onde ele, alimentando-se de muita carne, já deve estar com uns quilinhos acima do peso ideal.

Para desespero dos saudosistas, como o Célio Soares, quando a empresa Sanecc, de Votuporanga, retirar os tapumes que cercam o local onde o nosso afamado jacaré – depois de empaturrar-se de repolho – atravessava suas noites em companhia de algumas pobres tartaruguinhas, já não haverá nem sombra do tanque ornamental que enfeitava a nossa Praça. No seu lugar, está sendo erguido um pórtico, que, por sinal, já está causando alguma polêmica: ontem, na Via Pães, dois conhecidos advogados discutiam se aquilo que está sendo construído é mesmo um pórtico ou um mero obelisco.

Como não sei o que é um pórtico, tratei de recorrer ao Wikipédia e fiquei sabendo que “em arquitetura, um pórtico é o local coberto à entrada de um edifício, de um templo ou de um palácio. Pode se estender ao longo de uma colunata, com uma estrutura cobrindo uma passarela elevada por colunas ou fechada por paredes. A ideia apareceu na Grécia antiga e influenciou diversas culturas, incluindo a maioria das ocidentais. O pórtico tem, geralmente, dimensões menores que um portal”.

Fiquei sabendo também que “a cidade de Bolonha, na Itália, é muito famosa por seus pórticos. No total, existem lá mais de 45 quilômetros de arcadas, 38 só no centro da cidade”. O jacaré que me desculpe, mas, em que pese a sua fama, acho que Jales, assim como Bolonha, poderá ficar muito mais famosa por seus pórticos. Está aí o Portal de Entrada que não me deixa mentir.

Na foto lá de cima, a Polícia Ambiental “retaliando” o nosso prefeito. E, nesta aqui do lado, o Pórtico da Praça “João Mariano de Freitas”, sendo construído.

O caminhão da foto está parado aí nesse mesmo lugar, no almoxarifado da Prefeitura, há cerca de seis meses. Ele foi comprado pelo prefeito Parini em março do ano passado, por R$ 80 mil, de um tal de Consórcio Intermunicipal Bom Caminho. Andei pesquisando prá saber mais detalhes sobre esse Consórcio, mas não consegui grande coisa.

O fato é que o nosso prefeito comprou o caminhão da foto e, sete ou oito viagens depois, o motor começou a apresentar problemas. Tem gente que garante que ele está parado desde julho de 2010, mas o responsável pelo Almoxarifado, Valdemar Ferreira Ramos, garante que o caminhão parou de trabalhar por volta de outubro. A história completa vai estar no jornal A Tribuna, de domingo.

Parini se acha um bom negociador e gosta de comprar veículos de segunda mão. Ele já comprou algumas ambulâncias usadas, descartadas por pequenas prefeituras da região e, pelo que fiquei sabendo, o resultado não foi dos melhores. Mas o prefeito também gosta de vender. Há alguns anos, ele vendeu um caminhão da Prefeitura para uma empresa local. Algo em torno de R$ 20 mil. A empresa investiu uns R$ 10 mil e, algum tempo depois, quase alugou o mesmo caminhão – com motorista e tudo – para a Prefeitura.

O valor da locação, por um ano, seria mais ou menos R$ 30 mil, mas o vereador Gilbertão, avisado por alguém da Prefeitura, botou a boca no trombone e melou o aluguel.

Como eu já disse no post anterior, o prefeito Parini se preocupa muito mais em fechar empresas do que em estimular a abertura de novos empreendimentos. Mas, ao que parece, a administração conseguiu produzir uma boa notícia nesta semana. A novidade está no site Mais Interativa. Vamos a ela:

       Empresa de Americana se instala em Jales

“Será instalada próximo ao trevo das rodovias Euclides da Cunha e Eliezer Montenegro Magalhães, a A.B.A Caldeiras e Dispositivos Especiais. A empresa vem somar junto às ações do Governo Municipal para geração de emprego e renda.
A empresa adquiriu o imóvel da antiga Algodoeira Jales, com aproximadamente 60 mil metros quadrados, sendo 3.800 com área construída.
A empresa iniciará as atividades em Jales com a fabricação de caçambas para caminhão basculante e posteriormente, fabricação de peças e caldeiras para usina de açúcar.
A ABA Caldeiras e Dispositivos Especiais vem contribuir com o aumento de renda e geração de empregos em Jales. A diretoria da empresa estima que, entre treinamento dos profissionais e adequações do prédio, a empresa estará iniciando suas atividades dentro de noventa dias.”

A notícia é ótima, mas eu aposto que o nosso prefeito só apareceu na hora da foto. E, por falar em novas empresas, há muito tempo que anunciaram a reabertura do antigo Frigorífico Jales, mas, até agora, só ficamos no anúncio. No entanto, como é o Clóvis Viola quem está tratando desse assunto junto a um grupo de empresários do Paraná, nós vamos continuar acreditando que, em breve, o Frigorífico  estará gerando empregos. No Clóvis, eu acredito!

Uma imagem vale mais do que mil palavras, dizem os fotógrafos. Ontem, atendendo à solicitação de um amigo, cliquei um pequeno trecho da Calçada da Fama, na Avenida Francisco Jalles, esquina com a Doze. Fica bem em frente à Farmajales.  

O prezado visitante deste blog já deve ter ouvido a notícia no rádio, com direito à entrevista do Claudir Aranda, mas não custa repetir. A Prefeitura de Jales mandou para a Câmara e os vereadores aprovaram, na sessão de segunda-feira passada, o projeto de lei n. 041/2011, que autoriza a doação de área de terra ao DER – Departamento de Estradas e Rodagem do Estado de São Paulo.

Nove cidades da região teriam que doar algumas áreas ao DER, a fim de permitir que o governo estadual pudesse iniciar as obras de duplicação da Euclides da Cunha, e, por incrível que pareça, Jales não será a última a providenciar a doação, como seria de se esperar. Segundo consta, duas ou três prefeituras – Santa Salete entre elas – estão mais atrasadas que a de Jales.

O terreno doado ao DER fica no bairro do Jataí, possui área de 4.066,95m2 e está avaliado em R$ 13.502,27. Apesar de a doação referir-se apenas a pouco mais de 4 mil metros quadrados, a Prefeitura incluiu no perímetro urbano do município cerca de 18.000,00m2 da área situada no Jataí. Dizem que os outros 14 mil metros quadrados poderão ser doados para instalação de indústrias.