Categoria: Administração

PREFEITURA FAZ HORA EXTRA PARA MAQUIAR RUAS E AVENIDAS QUE LEVAM À FACIP

Nada como uma Facip prá fazer a administração municipal funcionar. Ontem, à noite, o pessoal da Prefeitura fazia hora extra para tentar melhorar o aspecto das avenidas que levam até o recinto de exposições “Juvenal Giraldelli”. Aliás, desde a semana passada que a Prefeitura destacou algumas equipes para fazer aquela famosa “maquiagem” em alguns trechos da cidade. A maquiagem inclui operação tapa-buracos nas avenidas e ruas próximas à Facip, limpeza e jardinagem das rotatórias, uma mãozinha de cal nas guias e por aí afora. Eis algumas fotos:

As nossas praças continuam abandonadas. Já as rotatórias da Vila União e da Paulo  Marcondes, que ficam no caminho para a Facip, receberam uma pequena limpeza.

 E as ruas de muitos bairros continuam esburacadas. Enquanto isso, na avenida que leva à Facip, a operação tapa-buracos foi feita ontem. Mesmo assim, continua ruim.   

EMPRESÁRIOS DO DISTRITO III COBRAM PREFEITO

E os empresários do Distrito Industrial III – que estiveram na Prefeitura no mês passado, quando foram atendidos pelo chefe de gabinete Léo Huber – voltaram ao gabinete do prefeito, na segunda-feira, dia 11. Dessa vez, eles foram recebidos pelo nosso premiado prefeito, que prometeu, como já havia prometido antes, asfaltar a marginal Ayrton Senna, essa da foto abaixo, que leva ao Distrito.

Para que possa cumprir a promessa, o prefeito espera arrecadar, no mínimo, R$ 500 mil com a venda de alguns terrenos do município. O empresário Eberson Barnabé, que liderou o grupo, parece que resolveu confiar desconfiando, no que ele faz muito bem. Em entrevista radiofônica, ele disse, entre outras coisas, que “se houver uma solução para o problema, vai ser mérito dos empresários, que foram cobrar o prefeito”. Eberson afirmou que, se for preciso, os empresários vão cobrar novamente, pois, para ele, os políticos “só vão funcionar com a gente fiscalizando”.

Gostei do Eberson! Já por ocasião da primeira reunião – aquela com o Léo Huber – ele tinha demonstrado independência e coragem prá dizer as coisas que precisam ser ditas, uma qualidade rara. Eu mesmo estive no Distrito Industrial III, há cerca de um mês, quando falei pela primeira vez com o Eberson. Na ocasião, falei também com outros empresários, que reclamaram bastante, falaram dos seus prejuízos, disseram coisas, mas, no fim, pediram prá que seus nomes não fossem citados. “Você viu o que aconteceu com a Tia?”, argumentou um deles.

Por isso mesmo, a firmeza com que o Eberson tem cobrado a administração municipal, sem medo de retaliações, merece respeito.

PREFEITURA VAI PASSAR O GERENCIAMENTO DO BOSQUE PARA A ECOAÇÃO

Entre os importantes eventos programados para o mês de aniversário da nossa quase setentona cidade, está a assinatura, prevista para o dia 27 de abril, de um Termo de Parceria entre a Prefeitura e a ONG Ecoação. Diz o convite enviado pelo prefeito que, após firmada parceria, a Ecoação ficará encarregada de gerenciar o Bosque Municipal “Aristophano Brasileiro de Souza”. Trata-se de um boa medida, uma vez que o governo Parini não tem demonstrado nenhuma capacidade para gerenciar aquele espaço. Na verdade, bem que o prefeito Parini podia terceirizar também o gerenciamento da Prefeitura. 

Voltando ao Bosque: essa monumental construção da foto aí de cima era prá ser a guarita da Polícia Ambiental, cuja sede fica ali no Bosque Municipal. Pois bem, a construção da guarita, assim como os demais serviços de repaginação do Bosque, está paralisada há, no mínimo, seis meses. A placa da obra, tocada com recursos do Ministério do Turismo, diz que o prazo para o término dos serviços estava previsto para o dia 24 de agosto de 2010. Alguém aí acredita que vá terminar até agosto de 2011?

PARINI PRETENDE DOAR PARTE DO TERRENO DA RODOVIÁRIA PARA O SESI

Matéria do jornal A Tribuna, deste final de semana, diz que a Prefeitura está propondo a doação de um pedaço do terreno onde está localizado o Terminal Rodoviário para o SESI – Serviço Social da Indústria. No local, a entidade pretende construir a “Estação de Cultura SESI” de Jales, um espaço cultural onde serão desenvolvidas atividades culturais, artísticas e de inclusão digital.

Ainda segundo a matéria, a efetivação da doação estaria aguardando a aprovação do COMDEMA, o Conselho Municipal de Defesa do Meio-Ambiente, a quem cabe autorizar a retirada da vegetação existente na área que está sendo doada. “Tudo depende da manifestação do COMDEMA e da aceitação da área pelo SESI para assinarmos o convênio e procedermos a doação”, garantiu o secretário de Administração, José Shimomura.

Agora a novidade: segundo informações de um vereador, o COMDEMA, um Conselho onde metade dos integrantes são indicados pelo prefeito, não está muito propenso a aprovar a derrubada das árvores e a retirada da vegetação daquela área, que podem ser vistas na foto acima. Sinal de que algumas pessoas, apesar das pressões, ainda conseguem levar a sério a questão ambiental.

Claro que a instalação de uma “Estação de Cultura SESI” sempre será bem-vinda. Mas não custa lembrar que, na administração Parini, a Cultura é algo que não existe. Para quem não sabe, nós já temos o “Espaço Cultural José Carlos Guisso”, onde funcionava o museu histórico da cidade, o qual foi fechado pelo prefeito. O “Centro Cultural dr. Edílio Ridolfo” foi transformado em Secretaria de Esportes e a única coisa que funciona naquele espaço – a Escola Livre de Teatro – está sendo expulsa de lá. Enfim, Jales já conta com bons espaços culturais; o que nos falta é uma política voltada para a Cultura.

ESTUDANTE DENUNCIA SUPOSTA RETALIAÇÃO NA PROMOÇÃO SOCIAL DA PREFEITURA

Uma estudante de Serviço Social mandou-me um email com o vídeo de uma conversa que ela teve com uma das assistentes sociais da Secretaria de Promoção Social, gravado há dois anos. Ela alega que, recentemente, ao solicitar um estágio remunerado na Prefeitura de Jales, teria sofrido “retaliação pessoal”, por conta da gravação do vídeo. A estudante fez outra denúncia grave: segundo ela, pessoas de outras cidades estariam estagiando na Prefeitura de Jales, utilizando-se de endereços falsos. Deixo de postar o vídeo, por problemas técnicos. E deixo de citar o nome da assistente social porque não foi possível ouvi-la e também porque eu sei que, muitas vezes, os funcionários de carreira apenas seguem orientações de seus superiores. Sei também que a secretaria da Promoção Social não conta com muito respaldo do prefeito Humberto Parini, que prefere apoiar o Fundo Social de Solidariedade, presidido pela primeira-dama. Quanto ao chefe de gabinete da secretaria, ex-vereador Jediel Zacarias, citado no email, devo salientar – por uma questão de justiça – que, todas as vezes em que ele foi acionado por este aprendiz de blogueiro(quando eu trabalhava na Educação) ou pela vereadora Tatinha, sempre foi muito atencioso e, quando pôde, procurou resolver os problemas que apresentamos. Dito isso, vamos ao email que me foi enviado pela estudante Cláudia: 

“Cardosinho, como prometi, estou enviando o e-mail com o vídeo da assistente social da Promoção Social, que, há dois anos, prometeu-me uma visita à minha casa, para ver a possibilidade de doação dos medicamentos que eu necessitava para minhas sérias crises de dor de cabeça, constatadas pela Drª. Adriana Sato, neurologista, que me receitou os medicamentos, os quais por sinal eram caros, e eu não tinha condições de comprá-los. A assistente social não cumpriu a visita e, segundo ela mesma, não compareceu à minha casa por falta de um carro. Deixo aqui o lembrete de que, na época, eu morava a dois quarteirões do prédio da Promoção Social. Meia hora após a filmagem do vídeo, feita por mim, o então gestor da Promoção Social, Jediel Zacarias, veio até minha casa com os medicamentos.

Agora, após dois anos do ocorrido, eu que faço faculdade de Serviço Social e necessito do estágio remunerado para a conclusão de meu curso, tive a oportunidade de uma entrevista para ser estagiária do Conselho Municipal de Assistência Social desta cidade. No entanto, infelizmente, o Conselho se localiza no prédio junto à Promoção Social, e eu acabei não sendo aprovada, creio eu que por motivos pessoais do então gestor, juntamente com a assistente social já citada e com a drª. Claudia da secretaria de Promoção Social. Por esse motivo, continuo estagiando na Prefeitura da cidade de Aspásia, viajando até lá três vezes por semana, para cumprir o estágio.

 Lembrando, que existem pessoas fazendo o estágio remunerado, pela Prefeitura de Jales, que são de outras cidades, com endereço falso de Jales. Ou seja, existem vagas para estagiários de outras cidades, e pros pratas da casa, nada. Abraços, Cláudia.”

SERVIDORES MUNICIPAIS E PREFEITO DISCUTEM REAJUSTE SALARIAL

Entre o funcionalismo municipal, as discussões relativas à reposição salarial de 2.011 começaram com reunião que contou com a participação da Diretoria do Sindicato, Associação, Conselho do IMPS, e vários servidores de diversos setores da municipalidade, inclusive alguns aposentados. O encontro aconteceu, no auditório do Instituto Municipal de Previdência Social no início do mês de março, quando os funcionários debateram a pauta de reivindicações.

Na terça-feira(05),  os representantes dos servidores estiveram no gabinete do prefeito Humberto Parini, em reunião agendada pelo vereador Luís Especiato. Segundo informações, o prefeito ouviu as reivindicações e pediu um tempo até a próxima semana para, depois de analisar os atuais gastos com pessoal, dar continuidade às negociações.

Não tenho conhecimento sobre o percentual do reajuste reivindicado pelos servidores, mas eles lembraram ao prefeito que, em janeiro, o salário mínimo teve uma correção na ordem de 6,86%, saltando de R$ 510,00 para R$ 545,00, valor este já devidamente repassado aos aposentados e pensionistas vinculados ao Instituto Municipal de Previdência Social-IMPSJ, enquanto, de outro lado, os servidores da ativa ainda não tiveram nenhum reajuste. 

Os representantes dos servidores lembraram também ao prefeito que essa situação precisa ser regularizada ainda em abril, mês da data base do funcionalismo municipal.

NÚCLEO DE SAÚDE: FALTA ATÉ PAPEL HIGIÊNICO

Arquivos quebrados, elevador com defeito, banheiros sem papel higiênico, falta de funcionários para cuidar da limpeza, falta de remédios, são alguns dos problemas que afligem o Núcleo Central de Saúde, localizado na Rua Sete, entre a Doze e a Avenida João Amadeu.

Segundo informações, o local que devia ser um exemplo de limpeza e higiene, já que é frequentado por pessoas doentes, é, ao contrário, mais um exemplo da incapacidade do governo Parini. Certamente, que não por culpa do secretário Donizeth Santos Oliveira, uma pessoa bem intencionada.

Já houve um tempo em que o Núcleo Central de Saúde contava com três funcionárias para cuidar da limpeza. Atualmente, não conta com nenhuma, por determinação da administração. Para manter o ambiente mais ou menos limpo, atendentes, auxiliares de enfermagem, farmacêuticas e outros funcionários burocráticos é quem têm que fazer a limpeza. Na foto lá de cima, podemos ver um motorista – fora de suas funções – lavando bandejas e talheres.

Nos banheiros, papel higiênico é um artigo de luxo. Quem quiser, que traga de casa. Pessoas com problemas de locomoção são obrigadas a subir escadas, pois o elevador não funciona há tempos. Numa das salas da secretaria, a funcionária que manuseava algumas fichas quase foi atingida pelo arquivo que desintegrou-se. Na farmácia, remédios para diabetes e hipertensão, nem pagando.

Esse é um pequeno retrato do Núcleo Central de Saúde, mas serve também como um pequeno quadro da administração Parini, que só funciona nos discursos do prefeito. Nunca é demais lembrar, que, constitucionalmente, a Prefeitura está obrigada a investir 15% de suas verbas orçamentárias na Saúde. Até onde eu sei, a Prefeitura investe mais, mas, pelo jeito, está investindo mal.

Algumas pessoas festejam o fato de o governo Parini, segundo boatos, estar próximo do fim. Na verdade, ele já acabou há algum tempo!

SEGUNDO PARINI, JALES ESTÁ NOS TRILHOS PARA SER UMA CIDADE DE PRIMEIRO MUNDO

É inacreditável!! Acabo de ler no site de notícias Mais Interativa que o prefeito Humberto Parini lançou, ontem pela manhã, um selo comemorativo aos setenta anos de Jales. Até aí, tudo bem. O incrível está no discurso proferido pelo nosso premiado prefeito em ocasião tão importante. Vejam o trecho que reproduzo abaixo e me digam se o homem está bem:

 “Hoje, Jales está nos trilhos para ser uma cidade para cidadãos de primeiro mundo. Temos nossa cidade como centro de região não apenas no discurso, mas na prática e os Jogos Regionais vão traduzir o desenvolvimento local”.

Acho que o prefeito anda exagerando no Prozac. Ou então, ele está acometido por um grave caso de autismo agudo. Por via das dúvidas, temos, abaixo, duas cenas primeiro-mundanas.

RUA SÃO JOSÉ, BAIRRO NOSSA SENHORA APARECIDA

Se você acha que as ruas do seu bairro estão esburacadas, então dê uma olhada na Rua São José:

“Meu divino São José, aqui estou em vossos pés”. Assim começa “Procissão”, do Gilberto Gil, que o Gonzagão também gravou. Acho que as mulheres do bairro Nossa Senhora Aparecida vão ter que organizar uma procissão e apelar ao divino São José, ou, se isso for pouco, à própria Nossa Senhora Aparecida, prá ver se eles ajudam a convencer o nosso  premiadíssimo prefeito Parini de que a Rua São José está precisando de uns pequenos reparos. 

Hoje pela manhã, recebi uma ligação de uma senhora, cujo nome vou preservar, pois ela é casada com um funcionário da Prefeitura. E eu não quero que o marido dela venha a ser alvo da nossa republiqueta das retaliações. Ela me disse que, no domingo, duas vizinhas pretendiam ir à missa, mas, ao passarem pela Rua São José, em direção à Igreja, acabaram se acidentando em alguns buracos e tiveram que voltar prá casa, sem confessar seus pecados. Uma delas ficou ferida numa das pernas. A outra, distraída, caiu no buraco aí do lado esquerdo e, tendo se molhado um bocado, resolveu que seria melhor tomar um banho e ver o Fantástico.

Minha interlocutora disse também que está se tornando comum os acidentes com carros e, principalmente, motos e bicicletas. E não é prá menos. Dêem uma olhada nessas outras duas fotos abaixo e façam vocês mesmos uma avaliação. Será que o prefeito tem alguma coisa contra São José?

E POR FALAR EM MERENDA ESCOLAR, ONDE ANDA A CEI?

Matéria do repórter Alexandre Ribeiro, o Carioca, publicada no jornal A Tribuna, de domingo passado, nos informa que a Comissão Especial de Inquérito instalada para apurar suspeitas de malfeitos na merenda escolar de Jales pretende ouvir, nesta semana, a secretária de Educação, Élida Barison.

Segundo a matéria, a Prefeitura já teria enviado à CEI, cerca de 1.200 folhas contendo planilhas, relatórios, memorandos e outros documentos. E, de acordo com o vereador Rivelino Rodrigues, as primeiras análises dos documentos já permitiram comprovar que a Secretaria de Educação e a Prefeitura tinham pleno conhecimento dos problemas de cardápio e da grande variação na quantidade de pratos fornecidos pela empresa.

Em uma sessão da Câmara, a pretexto de livrar o prefeito Parini de responsabilidade, o vereador Especiato sugeriu que, se houve alguma irregularidade na merenda, a culpa poderia ter sido das coordenadoras e diretoras de escola, que não teriam fiscalizado a contento. Eu não tenho a menor dúvida de que as coordenadoras e diretoras de escola, assim como a nutricionista da Prefeitura comunicavam as irregularidades ao comando da Secretaria de Educação. E também não tenho a menor dúvida de que a secretária Élida repassava as informações ao prefeito Parini. Que não tomou nenhuma providência no tempo certo.

Nunca é demais lembrar que o contrato com a empresa Gente previa o fornecimento de 5.300 refeições diárias, mas, em alguns meses, a média de consumo da merenda chegou a ultrapassar  9.000 refeições diárias. Atualmente, segundo entrevista radiofônica da professora Élida, a média estaria abaixo das 6.500 refeições previstas no novo contrato firmado com a empresa Starbene Refeições Industriais Ltda.

Os indícios de malversação do dinheiro público são claros. Só não os vê, quem não quer. Em tese, caberia à CEI averiguar se alguém levou vantagem nessa história. Mas, considerando o histórico das últimas CEIs, é melhor concentrarmos nossas expectativas na investigação do Ministério Público, que também está debruçado sobre o caso.

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