Categoria: Música
MPB-4 E DUO GISBRANCO – “MARIA MARIA”
Na quarta-feira, 09, reproduzi aqui neste modesto blog uma notícia do portal da revista Fórum sobre o fato de a banda do Exército ter escolhido a música “Maria Maria”, de Milton Nascimento e Fernando Brant, para tocar durante a cerimônia do dia anterior, em que Bolsonaro homenageou as mulheres pelo Dia Internacional delas.
A escolha da música virou notícia porque Milton Nascimento, um de seus autores, não é exatamente um admirador do Bozo. Muito pelo contrário, Milton já pediu “Fora Bolsonaro” em diversas ocasiões. Em entrevista ao “Estadão”, em junho de 2020, ele disse que o Brasil voltou à Idade Média com Bolsonaro.
Mas, Bolsonaro à parte, a escolha de “Maria Maria” pela banda do Exército para um evento em homenagem às mulheres foi correta. Afinal, “Maria Maria” é o símbolo da força, da raça e da gana da mulher brasileira. E o que é melhor: a letra da música foi inspirada em uma personagem real.
Milton não a conheceu, mas Fernando Brant, o autor da letra, dizia que Maria era uma conhecida dele, uma mulher pobre, mas batalhadora, que morava à beira da linha férrea e cuidava dos três filhos. “Ela, não sei como, trabalhava, cuidava dos filhos e os fazia estudar”, dizia Brant.
A melodia de “Maria Maria” foi composta por Milton Nascimento em 1976 para um espetáculo do Grupo Corpo (foto acima), que percorreu o Brasil e se apresentou em vários países. Em princípio, a música não tinha letra. Era só o Milton cantando lará lará, lerê lerê. Somente em 1978, a pedido de Milton, Brant escreveu a letra de “Maria Maria”.
Diz a lenda que ele escreveu a letra durante o intervalo de um jogo da seleção brasileira na Copa de 1978. Naquele mesmo ano, Milton gravou a canção no álbum Clube de Esquina. Mas foi em 1980, que a música ganhou sua versão definitiva ao ser gravada por Elis Regina, no disco “Saudades do Brasil”.
O MPB-4 gravou “Maria Maria” em 1993, ainda com sua formação original – Magro, Ruy Faria, Aquiles e Miltinho – no CD “Encontro Marcado”, só com músicas do Milton. Mais recentemente, durante a pandemia, o grupo – com Dalmo Medeiros e Paulo Paulera nos lugares dos falecidos Ruy e Magro – gravou o vídeo abaixo, com a luxuosa participação do Duo GisBranco.
GisBranco faz referência aos nomes das duas talentosas pianistas (e cantoras) do duo. Bianca Gismonti, filha do Egberto Gismonti, e Cláudia Castelo Branco são os nomes das moças, que se conheceram na faculdade e tocam juntas há dez anos. Eis o vídeo:
HOMENAGEM DE BOLSONARO ÀS MULHERES TEVE MÚSICA DE MILTON NASCIMENTO, QUE JÁ PEDIU “FORA BOLSONARO” VÁRIAS VEZES
Ainda vai chegar o dia em que a banda do Exército irá homenagear Bolsonaro com “Apesar de Você”, do Chico, ou “Pessoa Nefasta”, do Gil. Deu no portal da revista Fórum:
Na terça-feira (8) o presidente Jair Bolsonaro, a primeira-dama Michelle Bolsonaro e ministros do governo foram “homenageados” com a execução, feita pela banda do Exército, da música “Maria Maria”, de Milton Nascimento e Fernando Brant, em evento comemorativo do Dia Internacional das Mulheres.
Para além do fato de que a canção, gravada pela primeira vez em 1978 e sucesso na voz de Elis Regina, trazer elementos que Bolsonaro e seu governo ignoram, como a luta pela emancipação da mulher, o racismo e a exploração do trabalho escravo, Milton Nascimento, um dos compositores da canção, é um ferrenho crítico do presidente.
Entre as inúmeras vezes que expressou insatisfação com o atual governo, Bituca, como é conhecido, pediu “Fora, Bolsonaro” em abril de 2021 quando tomou a vacina contra a Covid-19.
“Viva a ciência, viva o SUS e fora Bolsonaro”, escreveu o cantor na legenda da foto postada em suas redes sociais que mostra o momento da imunização.
Antes, em 2019, já havia dito que o governo Bolsonaro, naquele primeiro ano de mandato, é “quase uma ditadura“. Já em agosto de 2021, em meio a um dos maiores picos da pandemia, Milton Nascimento disse em entrevista que estávamos passando pela “pior fase da nossa história recente, com a pandemia e, o pior de tudo, tendo à frente do governo um completo incompetente”.
A manifestação mais explícita de Bituca contra Bolsonaro se deu no feriado de 7 de setembro do ano passado, Dia da Independência. Naquela ocasião, o Brasil assistia a uma escalada do discurso golpista do presidente e Milton Nascimento resolveu postar um vídeo cantando a música “Cálice“, clássico da luta contra a ditadura militar. Na postagem, escreveu em letras garrafais: “FORA BOLSONARO!!!“
PAULINHO DA VIOLA – “PECADO CAPITAL”
Primeiro foi Caetano Veloso que se juntou aos três filhos para uma turnê e Gilberto Gil, que reuniu filhos e netos para alguns shows.
Agora chegou a vez de Paulinho da Viola se apresentar ao lado de dois – Beatriz Rabello e João Rabello – dos seus sete rebentos em shows programados para os dias 10, 11, 12 e 13 de março no Sesc Pinheiros, em São Paulo.
Se depender de parentescos, Beatriz e João devem ser donos de muito talento. Afinal, além de filhos de Paulinho, eles são netos de César Faria – violonista do conjunto Época de Ouro – e sobrinhos do saudoso violonista Raphael Rabello, um dos maiores que já tivemos, e da caviquinista Luciana Rabello.
Casado com Lila Rabello, irmã de Raphael e Luciana, Paulinho da Viola (Paulo César Batista de Faria) que, assim como Caetano e Gil, completará 80 anos neste 2022, é um de nossos compositores mais talentosos.
O samba “Pecado Capital” é uma das provas do seu imenso talento. Corria o ano de 1975 e a Rede Globo se preparava para colocar no ar a novela “Roque Santeiro”, que já tinha alguns capítulos gravados, mas, no dia da estreia, entrou em cena a censura do regime militar, proibindo a exibição da novela escrita por Dias Gomes.
Apanhada de surpresa, a Globo teve que apresentar um compacto de outra novela já exibida – “Selva de Pedra” – enquanto preparava um novo folhetim para substituir “Roque Santeiro”. A novelista escolhida foi Janete Clair que, às pressas, escreveu “Pecado Capital”.
E como tudo foi feito às pressas, a música da abertura não foi diferente. Diz a lenda que a Globo procurou Paulinho da Viola numa sexta-feira, com uma sinopse da novela, a fim de que ele pudesse escrever o tema de abertura.
No sábado à noite, depois de ler a sinopse, Paulinho compôs “Pecado Capital” e, no dia seguinte, um domingo, a música já estava sendo gravada para, na segunda-feira, chegar aos lares brasileiros junto com a estreia da novela.
A partir de 24 de novembro de 1975, o samba passou a ser ouvido diariamente na abertura da novela (veja aqui) entre imagens em cores de notas de 100 cruzeiros – a moeda do Brasil na época – que voavam na tela da televisão.
Em 1998, a Globo apresentou uma nova versão de “Pecado Capital”, no horário das 18:00 horas, só que, no remake, o tema de abertura era cantado pelo grupo Só Pra Contrariar (aqui). Paulinho da Viola participou da trilha sonora da nova versão, mas, dessa vez com o samba “Timoneiro”.
O vídeo abaixo, onde Paulinho da Viola canta “Pecado Capital”, é do show em que ele comemorou os 70 anos de idade, em 2012. Uma das três backing-vocals é sua filha Beatriz. As outras duas são as cantoras Cristina Buarque (irmã do Chico) e Muiza Adnet.
SIMONE – “HAJA TERAPIA”
Eu me lembro como se fosse hoje o dia em que a Simone – à época jogadora de basquete, com passagens pela seleção brasileira – esteve em um programa esportivo da extinta TV Tupi, apresentado pelo narrador Walter Abrahão, juntamente com Geraldo Bretas, Roberto Petri e Ely Coimbra, para apresentar o seu primeiro disco, lançado em 1973.
Nem de longe eu imaginaria que estava iniciando ali a carreira de uma de nossas maiores cantoras. Quase 50 anos depois e, aos 72 anos de idade, Simone – que quase se chamou Natalina, por ter nascido num 25 de dezembro – está lançando mais um álbum, o 42º de sua discografia, que inclui cinco discos gravados em espanhol.
O 42º está chegando nove anos depois do 41º, o álbum “É Melhor Ser”, lançado em 2013. O primeiro single já está nas plataformas digitais e se chama “Haja Terapia”, uma música do compositor Juliano Holanda, interpretada com suavidade e elegância por Simone.
A letra da música, segundo críticos, “expõe angústias e cansaços da era pandêmica”. Mas, aparentemente, não é apenas a pandemia que está implícita nos versos de Juliano de Holanda, que citam os “tempos encardidos” que estamos vivendo.
Há, na música, um trecho que – pelo menos é essa a minha impressão – faz referência a Jair Bolsonaro. Ei-lo:
“O demônio lunático pousa sobre a catedral em chamas
Aprendi a reconhecer a serpente pelo dourado das escamas
Metade das coisas que ele diz não faz o menor sentido
E a outra metade, eu preferia mesmo era nem ter ouvido
Já era pra ter saído“.
Posso estar enganado, mas não é difícil identificar Bolsonaro nos versos acima. O professor Villa, por exemplo, chama o presidente de, entre outras coisas, Jair ‘asmodeu’ Bolsonaro. Asmodeu, para quem não sabe, é um dos apelidos do sete-peles. E há aqueles que dizem que metade do que Bolsonaro diz é besteira, ou seja, não faz o menor sentido. E a outra metade é bobagem.
Em outro trecho, o autor diz que “a peça já está no seu terceiro ato e os atores estão bem perdidos”. A música foi composta em 2021, terceiro ano de Bolsonaro na presidência. Além disso, muitos de seus homens de confiança estão mais perdidos que “cego em tiroteio”, como é o caso do Posto Ypiranga, Paulo Guedes.
Bolsonaro à parte, o melhor a fazer agora é ver o vídeo e ouvir a belíssima interpretação da Simone:
“GAROTA DE IPANEMA” SE TORNA CANÇÃO BRASILEIRA MAIS GRAVADA NO MUNDO
Helô Pinheiro, a Garota de Ipanema, hoje com 76 anos, inspirou a canção quando tinha 17 anos. Ela – que já foi morena – não conhecia Tom e Vinícius, que, sentados a uma mesa do Bar Veloso, a viam passar quase todas as manhãs em direção à praia.
Durante uns dois anos, Helô não sabia que a música tinha sido feita pra ela. Tom tinha receio de revelar ao mundo quem era a Garota de Ipanema, pois ficara sabendo que o pai de Helô era militar e ele não queria problemas com o regime.
Somente em 1965, depois que algumas meninas andaram dizendo ser a Garota de Ipanema, foi que Vinícius decidiu revelar quem era a verdadeira musa inspiradora da canção.
Depois da revelação, o noivo de Helô, desconfiado de que, com a fama, apareceriam outros interessados nela, tratou de adiantar o casamento que, por sinal, dura de 1966 até os dias de hoje.
Recentemente, Helô revelou em entrevista televisiva, que a sua versão preferida de “Garota de Ipanema” é a que Frank Sinatra e Tom Jobim cantam juntos. É essa versão que pode ser vista no vídeo abaixo. Notem que Tom não era craque apenas no piano.
Reparem na notícia da coluna do Ricardo Feltrin, no UOL, que seis das dez músicas brasileiras mais regravadas são de autoria ou co-autoria do maestro Antonio Carlos Brasileiro de Almeida Jobim, o Tom. Três delas em parceria com Vinícius de Moraes.
Mudou o ranking das músicas que tiveram mais versões e gravações no país. Após décadas, “Aquarela do Brasil” perdeu o posto de composição com mais interpretações.
A nova líder é “Garota de Ipanema”, de Vinícius de Moraes e Tom Jobim, gravada em 1963 e lançada um ano depois. A “musa” da canção foi Helô Pinheiro, então com 18 anos. Hoje ela tem 76.
Segundo o Ecad (Escritório Central de Arrecadação e Distribuição), já contabiliza 423 gravações, contra 416 de “Aquarela”, de Ary Barroso.
A mudança foi constatada pelo Ecad em uma atualização dos seus dados no fechamento de 2021.
Veja a lista das 10 músicas brasileiras mais gravadas de todos os tempos
1 – Garota de Ipanema – Vinicius De Moraes / Tom Jobim: 423 gravações
2 – Aquarela do Brasil – Ary Barroso: 416 gravações
3 – Carinhoso – Braguinha / Pixinguinha: 414 gravações
4 – Asa Branca – Humberto Teixeira / Gonzagão: 361 gravações
5 – Manhã de Carnaval – Antônio Maria / Luiz Bonfá: 293 gravações
6 – Eu Sei Que Vou Te Amar – Vinicius de Moraes / Tom Jobim: 268 gravações
7 – Corcovado – Tom Jobim: 256 gravações
8 – Chega de Saudade – Vinicius de Moraes / Tom Jobim: 254 gravações
9 – Wave – Tom Jobim: 253 gravações
10 – Desafinado – Newton Mendonça / Tom Jobim: 241 gravações.
OS DEZ ANOS DA MORTE DE WHITNEY HOUSTON, A CANTORA MAIS PREMIADA DE TODOS OS TEMPOS
Nascida em 1963, Whitney Houston já indicava que seria uma estrela desde criança, quando cantava no coral da igreja. Seu primeiro disco, lançado em 1985, demorou dois anos para ficar pronto e, inicialmente, as vendas foram decepcionantes. Mas, depois de algum tempo, caiu no gosto do público e vendeu 25 milhões de cópias, tornando-se o álbum de estreia mais vendido de todos os tempos de uma artista feminina.
Em 1992, ela estreia como atriz no filme “O Guarda Costas”, com Kevin Costner. A trilha sonora do filme vendeu mais de 38 milhões de cópias, o que colocou o álbum na lista dos cinco mais vendidos de todos os tempos e Whitney como a única artista feminina da lista.
Whitney atingiu o auge com o filme e a trilha, mas foi justamente naquele ano – 1992 – que começaram os seus problemas, após ela se casar com um mala-sem-alça. O casamento durou 15 anos e gerou uma filha que, como a mãe, acabou se afogando em uma banheira, depois de misturar drogas, remédios e álcool.
Whitney – também chamada de A Voz – é considerada pela crítica musical como a melhor cantora de todos os tempos. Se foi ou não foi a melhor, depende do gosto de cada um, mas ela foi, com certeza, a mais premiada de todos os tempos. E o Grammy de 2012, onde ela se apresentaria, foi o mais triste da história.
No vídeo mais abaixo, ela canta “Greatest Love Of All” (“O Maior Amor de Todos“, que fala do amor pelas crianças), música do seu primeiro disco e também uma das músicas mais cantadas por seus fãs, durante o velório.
Vamos à notícia veiculada pelo Diário da Região
Em 11 de fevereiro de 2012, véspera do Grammy Awards, Whitney Houston foi encontrada morta em um quarto de hotel em Beverly Hills. A artista, que tinha somente 48 anos de idade, morreu após ter se afogado acidentalmente em uma banheira, por uso excessivo de drogas.
Houston emplacou diversos sucessos no mundo da música ao longo da carreira, como Greatest Love of All (1986), I Wanna Dance with Somebody (Who Loves Me) (1987) e I Will Always Love You (1992), cover de uma música de Dolly Parton e trilha sonora do filme O Guarda-Costas, no qual a artista co-estrelou com o ator Kevin Costner.
Os sucessos de Houston renderam mais de 200 milhões de álbuns e singles vendidos, seis Grammys e 22 American Music Awards.
As vidas pública e privada de Houston, no entanto, andaram em trilhas distintas, pois a imagem da cantora foi comprometida no final dos anos 1990 em virtude dos problemas com drogas e de um casamento conturbado com o cantor Bobby Brown.
A última aparição pública de Houston aconteceu em 9 de fevereiro de 2012 em Hollywood, nos Estados Unidos.
Alguns anos depois da morte de Houston, em 2015, o mesmo trágico destino atingiu a filha da artista, Bobbi Kristina. A jovem de 22 anos foi encontrada inconsciente na banheira de sua casa e permaneceu em coma por seis meses, mas morreu em 26 de julho.
ESCOLA DE MÚSICA EDEM APRESENTA PROJETO GRANDES COMPOSITORES
Nesse próximo domingo, dia 13, a partir das 15h, estará disponível no Youtube da EDEM Musical um vídeo com apresentação de alguns de seus alunos que participaram do projeto Grandes Compositores.
Dentre seus objetivos o projeto realizado no final do ano passado visava aproximar seus alunos de piano e teclado do universo da música erudita através do conhecimento mais profundo dos principais compositores da música barroca, clássica e do romantismo.
Objetiva, também, proporcionar à comunidade jalesense um espetáculo cultural através da execução de 18 peças musicais que pode ser acessado de forma on-line e gratuita através do Youtube. A execução do projeto contou com apoio da Prefeitura Municipal de Jales através da Lei Aldir Blanc.
Dos alunos iniciantes aos mais avançados, todos tiveram oportunidade de ler livros e escolher músicas junto aos seus educadores musicais. O resultado pode ser conferido no Youtube.com/edemmusical.
CORAL INFANTIL DA EDEM MUSICAL – “SEMENTES DO AMANHÔ
Recebi da simpaticíssima e competente jornalista Giana Rodrigues um release que devo publicar no próximo sábado ou domingo, sobre o projeto “Grandes Compositores” desenvolvido pela Escola Dinâmica de Educação Musical (EDEM), aqui de Jales.
Como sou moço curioso, entrei no canal da EDEM no Youtube e dei de cara com um vídeo em que o coral infantil da escola interpreta, de forma encantadora, a música “Sementes do Amanhã”, também conhecida por “Nunca Pare de Sonhar”, de autoria do genial Gonzaguinha.
Eu já escrevi aqui neste modesto sobre “Sementes do Amanhã”, a música que foi cantada pelo Erasmo Carlos em 1984 no lendário comício das “Diretas Já”, na Candelária (RJ), que reuniu, segundo os jornais da época, 1 milhão de pessoas.
Nestes tempos bicudos que estamos vivendo, nada melhor do que ouvir uma canção que recomenda que tenhamos fé na vida e nos diz para “não ter medo que este tempo vai passar…”.
Vejam o vídeo com os aluninhos e as aluninhas da EDEM cantando “Sementes do Amanhã”: