Blog do Cardosinho

O deputado federal Devanir Ribeiro(PT-SP) esteve cumprindo agenda na região, ontem, passando por Fernandópolis, Auriflama e outras cidades, incluindo Jales. Ciceroneado pelo vereador Luís Rosalino, ele visitou a Cooperativa de Recicláveis, acompanhado pelo candidato a deputado estadual, Luiz Fernando Teixeira.

Luiz Fernando é irmão do deputado federal Paulo Teixeira. Ele é o atual presidente do São Bernardo Futebol Clube e, segundo os entendidos,  deverá ser um dos candidatos petistas mais votados no estado.

Devanir, de seu lado, andava meio sumido de Jales, mas tinha lá suas razões para isso. Como já escrevi algumas vezes por aqui, ele foi o deputado que mais ajudou o ex-prefeito Humberto Parini.

Amigo pessoal do ex-presidente Lula, foi Devanir quem abriu as portas de vários ministérios para Parini. Recebeu, como agradecimento, a ingratidão.

Nas eleições de 2010, Parini – por interesses pessoais – esqueceu os petistas que o ajudaram e escalou alguns de seus assessores para pedir votos para Valdemar da Costa Neto(PR).

Devanir, o deputado federal petista que mais ajudou Jales, teve o reconhecimento de pouco mais de 200 eleitores jalesenses. Em Fernandópolis, que era governada por um prefeito do DEM, ele teve quase 3.000 votos.

Atualmente, Devanir é o presidente da Comissão de Orçamento do Congresso e terá papel fundamental na escolha dos recursos que serão incluídos no Orçamento da União para 2015.

Por isso mesmo, o presidente da Câmara, Gilbertão, aproveitou a presença de Devanir em Jales para reforçar o pedido de inclusão – no orçamento – dos recursos para construção dos dois pontilhões sobre a linha férrea.

Como se sabe, o DNIT – órgão responsável pela aprovação do projeto de construção – já comunicou à Câmara que está propondo a inclusão dos recursos na peça orçamentária. A confirmação vai depender, entre outras coisas, de uma assinatura de Devanir.      

A notícia é da assessoria de imprensa do deputado Itamar Borges:

Nessa terça-feira, 22 de julho, o deputado Itamar Borges (PMDB) recebeu amigos, prefeitos, vice-prefeitos, vereadores, companheiros de seu partido, lideranças e aliados políticos de Jales e região para o lançamento de sua campanha eleitoral para deputado estadual. 

A força política, o carinho e a admiração por Itamar Borges foi confirmada pela grande presença de participantes no evento, que declararam apoio à candidatura. 

Em seu discurso, o deputado agradeceu a presença e o apoio de todos, e valorizou os companheiros e companheiras que acompanham sua trajetória política e sua missão a serviço do desenvolvimento do Estado. 

“É uma alegria compartilhar este momento com vocês, que conhecem e acompanham o meu trabalho e me dão forças para continuar neste caminho”, destacou Itamar. 

Durante o evento, o Pastor Elias, da Primeira Igreja Batista de Jales declarou apoio ao deputado Itamar Borges e elogiou as conquistas obtidas para o município. O diretor da Santa Casa, José Luis Socorro, também agradeceu o trabalho realizado pelo parlamentar como presidente da Frente Parlamentar das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos.

A conversa que este aprendiz de blogueiro gravou com a detetive goiana Luzia Tanganelli e a filha dela, a jovem Tayrine, durou cerca de 35 minutos, onde ambas relatam em detalhes, como foram os contatos delas com a prefeita Nice Mistilides.

Abaixo, um resumo da gravação, devidamente editada. Em alguns trechos, a duas falam ao mesmo tempo. Durante a conversa, elas citaram várias vezes o nome de uma empresária, aqui de Jales, que teria intermediado as conversações com a prefeita.

O blog está tomando, no entanto, o cuidado de não colocar trechos onde o nome da empresária aparece, uma vez que ainda não conversamos com ela, para sabermos a sua versão.

Lembramos, também, que a prefeita Nice confirmou ter conhecido Luzia e a filha em um “Café com a Prefeita”, mas negou ter sondado a detetive objetivando contratar seus serviços de investigação. Negou, igualmente, ter cogitado investigar a vida de vereadores e outros adversários políticos. Vamos à gravação:

 

A detetive particular Luzia Tanganelli botou suas coisas em um caminhão de mudanças, na sexta-feira, 18, e se mandou pra Goiânia. Antes, porém, ela deu um interessante depoimento a este aprendiz de blogueiro.

Ela disse que chegou em Jales, juntamente com a filha Tayrine e a neta Michaela,  logo após o aniversário da cidade, no dia 16 ou 17 de abril, vinda de São José do Rio Preto, onde morou por sete meses.

Segundo a Mata Hari goiana, o convite para que ela e a filha se mudassem para Jales partiu da prefeita Nice Mistilides. “Nós estávamos prontas para voltar para Goiânia, quando uma conhecida nossa, que frequenta a mesma igreja da Nice, disse que a prefeita de Jales estava precisando de uma pessoa como eu”, revelou Luiza.

Segundo o depoimento, a conhecida – uma empresária aqui de Jales – intermediou uma conversa com Nice. “Um dia, a Nice foi até Rio Preto e nos encontramos para uma conversa. Ela confirmou que precisava dos meus serviços, pois pretendia investigar uns vereadores e um advogado que estavam causando problemas para ela”, disse a detetive.

Luzia disse que a proposta de Nice incluía um cargo para a filha Tayrine. “Os meus serviços seriam pagos por fora. Já a minha filha, que tem experiência como assessora parlamentar, teria um cargo na Prefeitura”.

Um mês depois desse contato inicial, Nice teria – através da empresária que intermediou a conversa – confirmado que as duas mulheres já poderiam se mudar para Jales. E foi o que elas fizeram.

E foi aí que a porca torceu o rabo. “Passou uma semana, duas, três, quatro e nada da Nice se manifestar”, disse Luzia. A filha confirma: “Um dia eu a encontrei em uma igreja evangélica, num chá de mulheres, e ela pediu para que eu tivesse paciência. E confirmou que precisava dos serviços de investigação da minha mãe”, disse Tayrine.

Cansadas de esperar pela suposta promessa da prefeita – e já passando dificuldades financeiras – elas resolveram ir até a Prefeitura e, depois de cinco horas de espera, foram atendidas.

“Eu não prometi nada”, foi o que ouviram da prefeita. “O que me deixou indignada foi ela dizer na nossa cara que não prometeu nada”,  confessou Tayrine. “Nós não somos loucas. Você acha que viríamos pra Jales, se não tivéssemos uma proposta de trabalho?”, argumentou Luzia.

A detetive Luzia Tanganelli é muito conhecida nos meios da arapongagem. Em 2007, ela foi personagem de uma reportagem da revista Veja (aqui), que a acusou de participar de um serviço de espionagem que tinha como alvo o senador Marconi Perillo.

Ela foi casada com o ex-delegado e ex-deputado Abdul Sebba, o pai de Tayrine. Conhecido como “Xerife do Asfalto”, Sebba é uma lenda viva da polícia de Goiás (aqui).

A assessoria de Nice confirmou que ela conhece a detetive, mas negou que a prefeita tivesse feito alguma promessa de emprego ou cogitado investigar a vida de adversários políticos.        

A versão é do portal mineiro Super Notícia:

O governo de Minas Gerais, no segundo mandato de Aécio Neves (PSDB), gastou R$ 13,9 milhões para construir um aeroporto que fica dentro de fazenda de um tio-avô do presidenciável tucano, no município de Cláudio, no Centro-Oeste mineiro. A informação foi publicada na edição deste domingo do jornal “Folha de S.Paulo”.

Segundo o jornal, o aeroporto ficou pronto em outubro de 2010 e é administrado por parentes do senador Aécio Neves. “A família de Múcio Guimarães Tolentino, 88, tio-avô do senador e ex-prefeito de Cláudio, guarda as chaves do portão do aeroporto. Para pousar ali, é preciso pedir autorização aos filhos de Múcio”, diz trecho da reportagem, que acrescenta que o senador sempre utiliza o aeroporto em suas visitas à cidade, onde também possui uma fazenda, a 6 km da pista de pouso.

O jornal também afirmou que a operação do aeroporto é considerada irregular pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e que o governo estadual ainda não enviou os documentos necessários para a homologação do aeroporto, para que possa ser aberto ao público.

A reportagem ainda procurou a prefeitura de Cláudio, que informou que “o aeroporto é do Estado, mas fica no terreno” de Múcio Tolentino, que é “quem tem a chave”.

A matéria da Folha de São Paulo pode ser vista aqui. Na manhã deste domingo, Aécio Neves deu a versão dele, que está no portal Terra:

O candidato à Presidência Aécio Neves (PSDB) divulgou uma nota na manhã deste domingo na qual nega as informações de uma reportagem publicada na edição de hoje do jornal Folha de S. Paulo. Segundo o tucano, a reportagem “Governo de Minas fez aeroporto em terra de tio de Aécio”, tem equívocos envolvendo o nome dele.

Em sua resposta ao jornal, a assessoria de Aécio disse que “o aeroporto foi construído em área pertencente ao Estado, não havendo portanto o investimento público em área privada afirmado no título da reportagem”. “De forma incompreensível, o ex-proprietário da área é tratado na reportagem como dono do terreno”, disse ainda a nota.

Em nota divulgada no início da noite deste domingo, o governo do Estado de Minas Gerais disse que as obras só “foram realizadas depois que a Justiça desapropriou a área, transferindo a sua propriedade ao Estado”, em março de 2008.

Como se vê, a campanha eleitoral está só começando e algumas vestais já estão perdendo as vestes. Mais detalhes e um vídeo do “aecioporto”, aqui.

Nossa prefeita Nice já participou de duas “Marchas a Brasília”, com o objetivo de reclamar do repasse do FPM, que, segundo ela e outros prefeitos da região, andou caindo nos últimos anos.

No entanto, uma visita ao portal do Banco do Brasil ou ao Portal da Transparência do governo federal nos mostra que, em 2014, o repasse do FPM para Jales cresceu cerca de 8%, passando de R$ 8,4 milhões para R$ 9 milhões. De outro lado, o repasse do ICMS foi quem caiu em toda a região.

Jales, por exemplo, recebeu R$ 6,8 milhões no primeiro semestre de 2013, por conta do ICMS. Nos primeiros seis meses de 2014, o valor do repasse caiu para R$ 6,5 milhões. Queda de 5%.

Ah!, mas a queda do ICMS em São Paulo só pode ser consequência da crise econômica que o Alexandre Garcia anuncia todos dias, dirão os céticos. Ora, como explicar, então, que em outros estados a história é bem diferente.

Em Minas Gerais, o ICMS repassado pelo governo mineiro para Iturama saiu de R$ 16,6 milhões no primeiro semestre de 2013 e chegou a R$ 22,1 milhões em 2014. Crescimento de 33%.

No Mato Grosso do Sul, a comparação entre os primeiros semestres de 2013 e 2014 mostra que o ICMS de Aparecida do Taboado saltou de R$ 7,3 milhões para R$ 9,6 milhões. E o de Paranaíba saiu de R$ 7,4 milhões e chegou a R$ 9,4 milhões. Crescimento de 31% e 27%, respectivamente.

Como se nota, talvez fosse o caso de Nice e os demais prefeitos irem marchar em São Paulo, pois, ao contrário do FPM, o ICMS repassado pelo governo estadual é que andou caindo em 2014.

Nas últimas semanas, temos visto e ouvido uma série de sandices a respeito do tal de Refis. Atolada em problemas – alguns herdados, outros fabricados por ela mesma – a prefeita Nice tenta convencer o mundo de que o perdão de juros e multas aos devedores de impostos seria a panaceia para todos os nossos males, por conta da arrecadação que se conseguiria com tal anistia.

No rádio, a secretária de Administração disse que esperava arrecadar R$ 3,5 milhões. E o secretário de Educação, Roberto Timpurim, afirmou que, o último Refis – em 2012, ainda sob Parini – proporcionou uma arrecadação entre R$ 1,2 milhão e R$ 1,8 milhão.

Já a prefeita Nice preferiu ser mais exata: ela reafirmou, em entrevista radiofônica, que o Refis de Parini – que previa o pagamento dos atrasados em apenas uma parcela – rendeu exatamente R$ 1,2 milhão. Portanto, o dela, que poderia ser pago em 06 suaves parcelas, deveria render muito mais.

É curioso como os meus amigos da imprensa não questionam os números que são jogados no ar como verdades absolutas. Para constatarmos que os números da prefeita são fantasiosos, nem é preciso muito esforço. Basta ir ao próprio portal da Prefeitura, onde estão registradas as receitas com impostos.

O ex-prefeito Humberto Parini concedeu – com a aprovação da Câmara – três anistias aos contribuintes inadimplentes. Todas elas em seu segundo mandato. A primeira foi em 2009 e a segunda em 2011.

A terceira, que foi concedida em dezembro de 2012, através da lei 4.043, de 27 de novembro de 2012, é a tal que, segundo Nice, proporcionou um reforço de R$ 1,2 milhão aos combalidos cofres municipais, cujas chaves ficaram oito anos sob a guarda do czar das finanças, Rubens Chaparim.

Pois bem, uma olhadela nos números de dezembro de 2012, mostram que a Prefeitura arrecadou, naquele mês, R$ 854 mil com impostos – IPTU, ISS-QN, ITBI e outros. 

Esse valor inclui todos os impostos – atrasados ou não, com anistia ou não – recebidos naquele mês. Ele é menor do que tinha sido arrecadado em novembro do mesmo ano – R$ 933 mil – quando ainda não havia o Refis.

E é menor ainda que o arrecadado em outubro de 2012 – R$ 1,1 milhão – quando Parini ainda nem tinha remetido o projeto de lei da anistia à Câmara.

Como se vê, o último Refis de Parini não causou nenhum incremento à arrecadação de impostos. Muito menos chegou perto do R$ 1,2 milhão que a prefeita andou mencionando.

Pra encerrar: os números mostram que, em 2013, a arrecadação de impostos municipais cresceu 6,5%, em relação ao ano anterior, passando de R$ 6,6 milhões para R$ 7,1 milhões.

No entanto, para tristeza da prefeita, em 2014 o quadro se apresenta um pouco diferente: até maio, a arrecadação estava abaixo do que foi arrecadado em igual período do ano passado. Pouca coisa, mas abaixo.   

Sinceramente, eu nunca perdi tempo analisando pesquisas de intenção de votos, uma vez que tenho motivos para duvidar de algumas delas.

Hoje, no entanto, li um comentário de um professor da Universidade de Brasília, leitor do blog Tijolaço, que, por interessante, reproduzo:

Antes de mais nada, meu candidato não é a Sra Dilma Roussef. Tenho meus motivos pessoais para não votar nela, mas odeio a tentativa de manipulação das eleições por parte dos institutos de pesquisas.

Se você somar os votos válidos no 1º turno do Datafolha, chegará a 73%. Este percentual é muito parecido com o do 1º turno de 2010. Porém se você somar os votos válidos do 2º turno do Datafolha, chegará a 84%. Surgiram 11% de eleitores que não sabem decidir no 1º turno, mas sabem quem escolher no segundo turno?

se a mentira matemática(não visível ao cidadão desatento) quando olhamos os nulos e indecisos no 1º turno do DataFolha: 13% e 14%. Acredito que quem votou nulo no 1º turno continua votando nulo no 2º turno. Significa dizer que, entre os 14% dos indecisos do 1º turno, 11% sabe em quem votar no segundo turno! Quase 80%! Não …acredito nisto…

Na verdade, a base de eleitores do 1º turno foi inchada em 11%, numa clara fraude estatística. Destes 28% (e não 17% como deveria ser), 71,4% optaram por Aécio Neves, e 29,6% optaram por Dilma Roussef. Aí Aécio chega aos 40% e Dilma aos 44% no segundo turno do Datafolha.

Porém a verdade é que estes 28% foram inflados. Não são 28% e sim 17%. Se aplicarmos a mesma matemática de 71,4% para Aécio e 29,6% para Dilma, teremos 32% para Aécio e pouco mais de 41% para Dilma. A matemática do Datafolha foi transformar os indecisos (14%) e nulos (13%) que somam 27% no primeiro turno em apenas 16% no segundo turno, sendo que historicamente, nas eleições, este percentual beira 25-28%.

Ao inflar o número de votos válidos, o Datafolha consegue acenar com um segundo turno, coisa que não seria possível mantendo os 27% de nulos e indecisos. Se 11 de cada 14 eleitores indecisos escolherão Aécio Neves em um eventual segundo turno, porque não escolhem ele no 1º turno?

Para esta pesquisa estar correta, seria necessário que Aécio tivesse 28% no primeiro turno, e não 20%, como está na pesquisa. A minha conclusão é que o Datafolha ou frauda o 1º turno, colocando Aécio Neves com 20%, quando este deveria estar com 28%, ou frauda o segundo turno, colocando Aécio com 40%, quando deveria estar com 32%.